Feira do Ribatejo começou com um imponente curro de toiros da ganadaria Grave. Infelizmente, apesar de ser um cartel apelativo, composto por António Ribeiro Telles, João Salgueiro e Andy Cartagena, e com as pegas a cargo do nosso Grupo e do Grupo de Montemor, a praça registou uma fraca afluência. No final das cortesias fomos agraciados com um presente dos nossos amigos e rivais do Grupo de Montemor pela comemoração do 90º aniversário do Grupo. O primeiro toiro, anunciado com 554 Kg, teve um comportamento reservado desde o início da lide. Foi para a cara a nossa coqueluche António Grave de Jesus, que esteve muito bem com o toiro, citando e reunindo de forma perfeita concretizando assim, à primeira tentativa, uma pega que se poderia ter complicado. De referir também a excelente primeira-ajuda de Pedro Cabral “Peidinha”. O terceiro toiro, com 630 Kg, foi o maior que nos coube em sorte. Ao seu impressionante trapio não correspondeu um comportamento positivo tendo-se revelado muito difícil durante a lide. Ofereceu-se para a pega o Diogo Sepúlveda, recém regressado de uma lesão. O brinde, em tarde de Feira do Ribatejo, foi para os campinos presentes. Depois de um primeiro cite ao qual o toiro não correspondeu, o Diogo mudou o toiro de sitio o que veio a provocar uma investida impressionante do mesmo. Aguentando com muito valor, o Diogo recuou com mestria conseguindo uma excelente reunião. Aguentou ainda um violentíssimo derrote antes de ser brilhantemente ajudado pelo Pedro Seabra e pelo restante Grupo. Foi o momento mais alto da tarde, premiado com volta e ida aos médios. Para o 5º toiro da tarde, foi escolhido o nosso jovem forcado Jorge Cachapela, ao qual era dada a responsabilidade de pegar pela primeira vez em Santarém. Após brindar ao Simão da Veiga, a recuperar da grave lesão que sofreu, o Jorge pôs-se diante do toiro sem nunca denotar a pouca experiência que tem. Esperou que o toiro se fixasse e animou bem a investida conseguindo uma boa reunião. Pouca sorte que o toiro tenha fugido do Grupo o que impediu a concretização da pega nesta tentativa. De forma ingrata, o Jorge magoou-se no chão tendo desmaiado. Para a dobra ofereceu-se o Peuzinho mas as coisas não foram fáceis. Tentativa após tentativa o toiro foi-se complicando e a lucidez do Grupo diminuindo. Por fim, a pega concretizou-se com muito coração e vontade. Ao Grupo de Montemor calhou o maior lote mas felizmente os toiros saíram sem complicar e o Grupo esteve impecável. As pegas couberam aos forcados Manuel Mata (1ª tentativa), Pedro Freixo (2ª tentativa) e João Mantas (1ª tentativa). Assim ficou para a história uma tarde de muito compromisso, com alguns toiros de tamanho exagerado, a pedir forcados a sério. Diogo Palha 7-6-2005 |