A rivalidade do nosso Grupo com o Grupo de Montemor é a mais antiga e duradoura da história do toureio mundial. Rivalidade sã, como é próprio do espirito dos Forcados, mas rivalidade que nos trás sempre uma responsabilidade acrescida quando ambos partilhamos cartel. Ninguém é Forcado pelos prémios. Mas a Barra d'Ouro, por ser um prémio antigo e já ganho por ambos os Grupos, é um troféu especial que entusiasma o público e mexe com a aficción. Este ano o prémio foi ganho pelo Grupo de Montemor, depois de terem tido uma actuação limpa. Infelizmente não precisaram de ser brilhantes para ganharem pois a tarde correu-nos mal. O primeiro toiro foi pegado pelo António Grave de Jesus, numa rijissima segunda tentativa, superiormente ajudada pelo Miguel Navalhinha (que desmaiou). Na primeira o toiro pôs mal a cara não possibilitando a reunião do António. Para o nosso segundo foi escolhido o Gonçalo Veloso, Forcado de técnica refinada e imensa aficción. Infelizmente não lhe correram bem as coisas e só ao terceiro intento, com uma 1ª ajuda do Pedro Cabral de volta à praça, conseguiu consumar a pega. No terceiro toiro jogava-se bastante na tentativa de fecharmos com chave de ouro. Mas a experiência do Diogo Palha não bastou. Embora tenha executado na primeira tentativa um cite bonito e diferente que pôs o público consigo não efectuou de seguida uma boa reunião e não ficou na cara. Na segunda tentativa voltou a suceder o mesmo e só à terceira, já sem brilho, concretizou a pega. Estiveram regulares os cavaleiros em tarde na qual os toiros de Pégoras estavam superiormente apresentados. |