A corrida do passado Domingo em Almeirim foi bastante dura. Os toiros da Casa Prudêncio estavam sérios e tiveram um comportamento nada fácil. As lesões que este ano já nos bateram à porta, a época de exames e alguns outros motivos mais festivos fizeram com que aparecessem algumas oportunidades para que os mais novos se fardassem. Desta forma estreou-se o forcado José Fialho e fardou-se pela segunda vez o Diogo Castanheira. No entanto a dificuldade dos toiros não permitiu grandes oportunidades. O primeiro toiro, que foi o maior da corrida, com 550 Kg, foi um toiro sério e magníficamente apresentado. Deixou-se lidar mas nunca se empregou tendo vindo a piorar com o passar dos ferros. Para a cara foi o António Grave de Jesus. O toiro veio de longe e o António conseguiu reunir embora não tenha recuado. No entanto a meio da viagem os derrotes começaram a ser violentos e o forcado ficou de chocalho embora o Grupo tenha conseguido imobilizar o toiro. Mesmo sem que nosso cabo se tenha apercebido desta situação, tal como o público, o António desde logo pediu ao director de corrida para voltar a pegar, o que só conseguiu à 3ª depois de uma 2ª tentativa em que a violência do toiro quase nem permitiu a reunião. Para o segundo toiro, o mais bonito da corrida, com 530 Kg, foi escolhido o Gonçalo Veloso que se tinha oferecido para o pegar. A lide deste toiro veio de mais a menos com o toiro a revelar alguns sinais de mansidão no final da mesma. O Gonçalo teve um cite imponente, muito toureiro como é seu timbre e reuniu com perfeição depois de recuar os passos justos e necessários. Infelizmente o toiro foi difícil de ajudar pois veio com a cabeça baixa e a derrotar. Num destes derrotes, realmente violento, atirou o Gonçalo ao chão tendo este sofrido uma ruptura de ligamentos num pé. Para a dobra ofereceu-se o Diogo Palha que pegou, sem brilho mas com eficácia, à primeira tentativa. No último toiro, um verdadeiro manso com 550 Kg, o Pedro optou por uma cernelha, confiando na excelente dupla que constituem o Ricardo Tavares e o David Romão. No entanto ninguém contava com uma dificuldade acrescida e inesperada: um dos campinos era um emigrante de leste que não fazia ideia do que fazer! Claro que, apenas com um campino, o toiro não encabrestou e o Ricardo teve de entrar destapado e com muito menor confiança. Ainda assim fez duas tentativas, uma primeira na qual foi volteado de uma forma incrível que a todos criou calafrios e uma segunda, com muita vontade, na qual o toiro, qual coirão, o pisou violentamente deixando-o de rastos. Para o dobrar ofereceu-se o Francisco Empis com muita decisão uma vez que o david já estava estourado e sem condições para tentar ele a cernelha. Nesta confusão, e uma vez que o campino estrangeiro continuava para encostado à trincheira com a vara na mão, sem nada fazer, o Diogo Palha foi ter com ele e pediu-lhe a vara, fazendo então de campino para ajudar a encabrestar o toiro. À segunda tentativa o Francisco e o David conseguiram firmar-se no toiro e consumar uma valorosa e difícil cernelha. O Gonçalo Veloso e o Ricardo saíram maltratados das suas tentativas. A fardamenta foi em casa do Pedro Féria onde fomos divinamente tratados e o jantar no Restaurante Capeto onde se destacaram os estreantes Diogo Castanheira e José Fialho com alguns penalties de boa nota! |