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Inaugurámos as nocturnas deste ano na Nazaré

No passado Sábado, dia 16 de Julho, pegámos na Nazaré.

A fardamenta teve lugar em casa do Zé Maria Corte-Real em São Martinho do Porto, onde nos encontrámos ao final da tarde, alguns depois de um belo banho nos Salgados.

A corrida na Nazaré, do senhor António Charrua, foi muito brava: toiros sérios, codiciosos, com motor e muito bem apresentados que pesaram entre os 550 e os 580 Kg.

Nesta altura da temporada já temos o Grupo bastante rodado, em especial ao nível dos ajudas, no entanto, depois da corrida de Almeirim, que foi bastante dura, foi com expectativa e alguma ansiedade que vimos sair o sério primeiro toiro da noite.

Para abrir praça foi escolhido o João Cabaço, confiado depois da sua pega de Mação. O toiro investiu de largo mal viu o forcado e o João aguentou bem, no entanto a reunião não foi famosa e acabou por não se conseguir fechar. Na segunda tentativa, com igual calma, voltou a citar de largo tendo o toiro voltado a investir com prontidão. Desta vez o João recebeu bem o toiro e conseguiu uma boa reunião tendo sido bem ajudado por todo o Grupo. Deu primeiras ajudas o Nelson Ramalho.

No nosso segundo o Pedro decidiu-se pelo Peu Torres, que também tinha pegado bem em Mação. O toiro foi bravo durante toda a lide, mostrando-se mais nobre que o primeiro mas igualmente pronto e rápido. Mal o Peu iniciou o cite o toiro arrancou alegre. Infelizmente o forcado da cara voltou a não reunir bem tendo ficado quase de chocalho. O Pedro Cabral ainda acreditou e tentou ajudar e o toiro, num derrote colocou o Peu novamente na cara, no entanto, no derrote seguinte, mais violento, o Peu não se conseguiu aguentar. Na segunda tentativa, depois de mandar colocar o toiro, que voltou a investir franco e de largo, o Peu consentiu bem e com uma boa reunião fechou-se até chegar ao Grupo que voltou a ajudar bem, concretizando a pega.

Para fechar a actuação, num toiro com 570 Kg, sério e bravo como os restantes, a escolha recaíu no António Grave de Jesus. Depois de uma pega à 2ª e outra à 3ª, em Benavente e Almeirim, o António já andava a ser gozado como o "estraga médias". Não querendo deixar os seus créditos por mãos alheias e com a vontade e à vontade que se lhe reconhecem, citou de largo e aguentou muito bem a investida do toiro, conseguindo fechar-se bem, à primeira tentativa, numa reunião dura e rápida.

Depois de no ano passado termos saído da Nazaré com o amargo de boca das lesões do Duarte Cortes (onde é que tu andas??!! Anda ver a gente porque temos saudades tuas!!!) e do Pedro Seabra, este ano saímos contentes depois de uma noite que, embora não tendo sido perfeita, foi muito boa!   

17-07-05

Diogo Palha

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