A tradicional corrida do 10 de Agosto em Beja foi dura, situação que também vem sendo habitual nos últimos anos. Nem mesmo o facto do Filipe Falcão fazer anos na noite de 10 para 11 (comemorou-os fardado!) modificou a situação e saíram à praça umas belas "prendas"! Os toiros de António Silva saíram à arena sérios e pesados (595, 580, 525, 625, 630 e 605 Kilos). Os ganadeiros e os empresários insistem, infelizmente, no toiro ao Kilo o que depois tem reflexos no comportamento dos mesmos. Talvez por isso a maioria dos toiros tenham sido reservados, mansos e mal intencionados, com excepção dos dois últimos. Em Beja, o primeiro toiro foi atribuído ao António Grave de Jesus, forcado que transmite muita confiança ao Grupo e que, por isso, abre praça muitas vezes. Esteve toureiro na 1ª tentativa tentando mandar vir o toiro de largo. O "Silva" investiu com velocidade mas o grupo não conseguiu ajudar como se impunha e o António acabou por sair já perto das tábuas. O toiro, que manseou em toda a sua lide, complicou-se, e nas segunda e terceira tentativas teve dois derrotes fortissimos na reunião que logo deixaram o António por terra. Apenas à quarta, colocado noutro local, permitiu uma boa reunião e concretizou-se a pega. O nosso segundo, curiosamente o menos grande da corrida, foi o pior da noite. Só um toureiro valente e em grande forma, como é Vítor Ribeiro, lhe conseguiria dar a lide que este ainda sacou, não se sabe bem como. Manso, parado e a rematar violentamente após os ferros, o toiro mostrou desde cedo a sua dificuldade. Para a pega foi escolhido o João Cabaço, que vinha de algumas excelentes pegas, com especial nota para a de Armação. Sem surpresas o toiro confirmou a sua dificuldade com uma arrancada violenta e um estranho no momento da reunião que impediu a pega deixando logo o Cabaço diminuido fisicamente. Na segunda tentativa, mais do mesmo! E novamente o João foi maltratado ficando lesionado num joelho. Cheio de ganas e valente como é, perfilou-se para a terceira tentativa e, mais em curto, conseguiu finalmente que o toiro lhe permitisse reunir. Fechou-se então com muita determinação sendo bem ajudado pelo grupo e concretizando uma pega muito difícil. O quinto da noite foi o mais pesado da corrida mas teve um comportamento bastante diferente dos seus irmãos de camada. Deixou-se lidar, investindo ao cavalo e passando nos capotes, no entanto, o seu tamanho e a forma como a corrida tinha decorrido até então não permitiu que alguns de nós conseguissemos ver no toiro as suas boas condições. Foi escolhido para a cara o Diogo Palha que ganhou terreno ao toiro brindando ao público logo no meio da praça. O toiro mal se apercebeu do forcado investiu franco. O Diogo aguentou pouco, como de costume, e não conseguiu uma boa reunião, no entanto, o toiro ao sentir o forcado apenas colocou a cabeça bem no ar e fez uma viagem sem levantar problemas até chegarem os ajudas que fecharam rápidamente. Assim passou a corrida de Beja. Depois das duas últimas estamos esperançados que as próximas permitam uma maior diversão e à vontade. Vêmo-nos na Malveira no dia 12! |