Sobral de Monte Agraço, 4 de Junho de 2006. Nesta tarde primaveril lá nos juntámos todos, novamente, no Sobral de Monte Agraço, em casa do Joaquim Bianchar que, como nos tem vindo a habituar, nos recebeu de braços abertos e com uma piscina cheia, o que ajudou a suportar o calor intenso que se fazia sentir. A lista da fardamenta revelou certas surpresas pois incluía alguns dos forcados menos experientes do grupo, numa corrida séria em que os toiros rondavam os 500/520 Kg de peso. Este facto revela confiança por parte do Cabo e vontade em apostar nas “novas promessas” e fazer rodar a “malta”. O calor á entrada para a praça era abrasador e, visto que os convites eram para o Sol, houve quem investisse num sombrero de palha, que era vendido a 2 euros por um homenzito que provavelmente teve neste dia o seu record de facturação. Dentro da praça estavam a dar bonés da New Holland… mal empregados dois euros… menos uma média para molhar a garganta… A ganadaria era de Filipe Falé e o 1º saiu para o Rui Salvador. Acusou 520 Kg e foi cumpridor. Para a cara saltou Francisco Vila Chã que brindou ao público. O toiro arrancou de largo, por vontade própria, o Francisco soube aproveitar, aguentou e “cravou-se” á barbela numa belíssima pega com o David Silva a dar boa primeira, o Seabra a mostrar como é que se bate com os costados no chão e o restante grupo a ajudar coeso junto ás tábuas. A rabejar saiu o Diogo Sepúlveda. O 3º toiro foi anunciado com 540 Kg e apresentou-se “acabanado”. O José Manuel Duarte passou por momentos muito apertados quando se deixou agarrar junto ás tábuas sofrendo uma colhida e indo de forma aparatosa “ao tapete”. O cavalo acabou por ser trocado e a cavaleiro voltou cheio de “ganas” á arena o que foi muito bem visto e aplaudido pelo público presente que ocuparia á volta de 1/2 praça. A pega foi entregue á dupla Francisco Empis e David Romão. Os campinos, como de costume, não faziam ideia de como agir, o toiro estava com sentido nos forcados e custava a encabrestar o que dificultou a entrada do Francisco. Na 1ª tentativa o rabejador atrasou-se não conseguindo “ficar” pelo que o cernelheiro acabou por ser colhido e levar uma “voltareta”. Para a 2ª tentativa o toiro encabrestou melhor e permitiu a entrada dos dois forcados, e a consumação da pega que terminou com uma rabejação imponente do David Romão. O 5º da tarde saiu com um “torcicolo” no pescoço, segundo o Almeida, pelo que teve de ser trocado. Este procedimento demorou algum tempo pois o toiro não queria recolher aos curros e exigiu a intervenção do já muito conhecido “homem do laço” que com a sua perícia e arte tanto nos alivia nestes momentos. O sobrero, com 485 Kg, foi lidado pelo Luís Rouxinol e calhou em sorte ao Francisco Goes que brindou ao David Romão e executou uma boa pega á 1ª tentativa, recebendo uma boa 1ª ajuda do Lopo Zé Lopo, a pôr a “carne no assador” como manda a lei. Pelo Grupo de Vila Franca pegaram Bruno Casquinha á 1ª, Nuno Comprido e Pedro Henriques ambos á 3ª tentativa. No final da corrida houve chamada do ganadero á arena o que revela a satisfação do público em relação á qualidade dos toiros, e houve entrega de prémio para a melhor lide ao cavaleiro Luís Rouxinol e de melhor actuação ("Tractor d'Ouro" visto que a corrida é organizada pela New Holland) ao GFAS. Estes prémios valem o que valem mas é sempre com orgulho que os recebemos. Este ano já estamos a ficar habituados… Agora aproxima-se a feira de Santarém, a “nossa” terra, por isso rapaziada… Preparem-se! … Venha Vinho… Abraço José Maria Côrte-Real O grupo nas cortesias. Francisco Barata "Vila Chã" na volta à praça. Os toiros da gandaria Falé Filipe cumpriram e estavam bem apresentados. Francisco Empis ("...das portas do Sol...") e David Romão à espera do melhor momento para entrar ao toiro de cernelha. Francisco Goes no cite. Alguns mais velhos "ficaram na prateleira", dando a sua vez à rapaziada mais nova. O grupo na praça a receber o prémio "tractor d'ouro", atribuido à melhor actuação da tarde. Um extraordinário pôr do Sol, no regresso a casa. |