Idanha a Nova, 2 de Julho de 2006 Antes de mais, quero agradecer a incumbência que me delegaram, em elaborar a crónica para da corrida realizada na Idanha-a-Nova, no passado Domingo, dia 2 de Julho. Este era um fim-de-semana muito especial: Ir pegar á Idanha, sempre foi, desde o tempo em que me fardava, um acontecimento marcante e extraordinário no calendário taurino enquanto forcado activo. Não pelos carteis de postim ou acções de Marketing Hollywoodesco, mas pelas pessoas, pela terra, pelo ambiente vivido e pelas singulares características que normalmente envolvem a presença do nosso grupo nesta Vila e que de facto nos fazem sentir como se em nossa casa tivéssemos. Vamos á crónica! Inserida na XV Feira Raiana, deparámo-nos com um cartel fortíssimo, equilibrado e a criar muitas expectativas. Cavaleiros Rui Salvador, João Salgueiro e Vítor Ribeiro. Grupo de Santarém e Lisboa. Toiros do Sr. Marquês da Graciosa. Praça bem preenchida (3/4 forte). Parabéns á organização (Empresários, Comissão). Para o 1º toiro da tarde, lidado por Rui Salvador, saltou o forcado Manuel Roque Lopes que á 1ª tentativa não teve a sorte pelo seu lado e após ter suportado uma série derrotes altos, ficou encavalitado na córnea, posição essa que viria a dificultar a melhor intervenção por parte dos ajudas, acabando por sair na derradeira fase da pega. Destaque para o momento de apuros de Pedro Soares, que na vontade de ajudar o amigo Manel, se viu sozinho (e bem agarrado) na cabeça do toiro…saiu com elegância! Concretizou bem na 2ª tentativa, com as ajudas a estarem ao nível habitual. Referência também, para o regressado Francisco Sepúlveda, regressado de Barcelona e que neste toiro deu uma importante 3ª ajuda. Para o 3º toiro da tarde (o mais sério, a meu ver), lidado por Vítor Ribeiro, foi escolhido o forcado Gomes Pereira. Se até ao carregar do toiro a coisa não correu mal, já o resto não podia ter sido pior. Só á quarta tentativa é que conseguiu terminar o labor, com ajudas carregadas e sem qualquer brilhantismo. Esperava-se muito mais, deste jovem forcado scalabitano, que – quanto a mim – ainda terá muitas vacas para pegar, treinos para ver, até conseguir estar á altura dos pergaminhos dos Nosso Grupo e ao nível daquilo que ele concerteza um dia gostará de apresentar em Praça. A vontade, ajuda mas não é tudo. Melhores dias virão concerteza! Uma palavrinha também de apreço, ao “novo rabejador”, Diogo Palha. Para o quinto da tarde, toireado por João Salgueiro, estava reservado o “Vila Chã” (Francisco Barata) que resolveu com classe, calma e á vontade, um toiro que se arrancou de pronto, assim que o forcado colocou o barrete e o chamou á primeira. Muito mérito e sangue frio em querer aproveitar o sinal de vontade do toiro, quando possivelmente outros teriam desfeiteado a pega Na minha opinião, perfeito! Volta triunfal para cavaleiro e forcado (melhor lide e melhor pega). Quanto ao Grupo de Lisboa, cumpriram o com a galhardia habitual, tendo pegado um toiro á 1ª e dois á segunda. Termino aqui esta crónica, despedindo-me com um “até á próxima” e votos sinceros de uma brilhante época para todos. Sorte e que Deus nos proteja. PELO GRUPO DE SANTARÉM, VENHA VINHO…. Um abraço, Manuel Inês |