Digressão: substantivo feminino, do Latim digressione.
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| acção de se afastar temporariamente do local onde se estava;
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| viagem que demora algum tempo e é geralmente de natureza lúdica ou cultural; passeio; excursão;
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| desvio do assunto de conversa; divagação;
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No último Sábado, 15 de Julho de 2006, em Marco de Canaveses teve lugar a primeira "digressão" da época de 2006. Já desde os tempos imemoriais do Sr. António Abreu, se fazem digressões no Grupo de Santarém. As (poucas) regras estão bem estabelecidas: Tem que haver uma corrida numa localidade que se situe acima do Rio Mondego, ou, a sul, abaixo de uma linha imaginária que se situa perto da latitude de Beja; Implica pelo menos uma pernoita; Às senhoras, pedras angulares do GFAS, é-lhes dada a possibilidade (e amável convite) de não marcarem presença desta vez; Com muito poucas excepções, vale a lei da rolha, ou seja, neste caso, "o que se passa no Marco, fica no Marco".
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(Tendo em consideração esta última premissa, a redacção do site do GFAS pede desculpa se não pode contar todas as peripécias e todas as histórias que aconteceram no Marco.) A corrida foi organizada pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses, a quem agradecemos muito a forma ímpar como fomos recebidos e tratados. Gostaríamos ainda de agradecer a Francisco Sousa Cardoso que, para além da simpatia, ofereceu um magnífico almoço a todos os que chegaram ao Marco no sábado de manhã.
O cartel da Tourada, como se diz no norte, era completado pelos ginetes Manuel Telles Bastos Lopo de Carvalho e João Ribeiro Telles Seabra, e ainda por um esforçado matador de toiros espanhol, que toureavam toiros da ganadaria de Manuel Veiga.
Os toiros saíram bem, e o Pedro aproveitou para rodar forcados da cara que, por uma ou outra razão, já não pegavam há algumas corridas.
Para o primeiro toiro o Pedro escolheu o regressado Kiko Sepúlveda. Sem ter pegado qualquer toiro este ano, - ou sequer vacas, porque não foi a nenhum treino- o Kiko S. Manços mostrou estar em boa forma, física e moral, visto que o toiro não fazia grandes tenções de sair das tábuas. Não foi o Maomé à Montanha, foi o Kiko às "silvas" ( terrenos do toiro, onde muitos forcados se picam...) e pegou com categoria à primeira tentativa.
O segundo toiro foi dado ao Francisco Goes. Na primeira tentativa, o Goes esteve bonito a citar e apesar de não ter recuado nem um passito, fechou-se bem. Por azar, o toiro não foi pelo caminho normal, o que dificultou a vida aos ajudas, que demoraram a chegar. Na segunda tentativa, a mesma classe a citar, a mesma ausência de passos a recuar, a mesma correcta reunião e, desta vez, uma resposta rápida dos ajudas, que fecharam a sorte.
O terceiro toiro foi para o Gonçalo Veloso, que já não pegava desde o Concurso de Ganaderias de Évora. O Gonçalo, toureiro como sempre, mandou vir o toiro quando quis, aguentou na cara deste para depois recuar até à reunião. Fez tudo bem, naquela que foi a pega mais vistosa da tourada.
Para o último toiro estava reservada a surpresa. João Torres Vaz Freire, primo direito de Nuno Torres e Filipe Almeida (junta-se fotografia), estreou-se a pegar pelo GFAS. Brindou ao público, e foi com muita tranquilidade que citou e carregou o toiro. O toiro veio franco, e consumou-se uma pega fácil e bem ajudada à primeira tentativa.
Apesar de as leis da digressão não permitirem grandes relatos não-taurinos, pode adiantar-se que a noite (que para alguns também foi o dia seguinte) foi rija.
Notas de pé de página:
- O Enorme Nelson Ramalho voltou a fardar-se, quase um ano depois da lesão de Abíul. Põe-te a pau, Preto!
- O prémio de estraga-médias, o já famoso galardão "Grave de Jesus", foi entregue com emoção a Francisco Goes.
- Vários aficionados marquenses exigiram a devolução do dinheiro pago pelo bilhete, visto que lhes tinha sido prometida uma "corrida do ajuda". Pedindo desculpa a estas pessoas, estamos em condições de adiantar que, em princípio, a corrida dos ajudas será já em Cabeço de Vide.
- Na magnífica residencial onde dormimos, pontificavam muitos e apetitosos extintores. Todavia, não se registaram quaisquer problemas com estes utensílios, facto a que não são alheias as ausência de Diogo Sepúlveda, Pedro Seabra e Duarte Cortes.
- Diogo Palha, famoso nos mentideros pelas suas "fugas", esteve ao seu nível: depois do último curto do João Ribeiro Telles Seabra, já ninguém o viu!
- Não se registaram incidentes de maior ao pequeno-almoço. A redacção do site do GFAS deixa aqui o seu bem-haja ao António Grave.
Próxima corrida é em Cabeço de Vide, no dia 30 de Julho às 17 horas. Um abraço,
Jorge Andrade Gonçalito a recuar como mandam os livros. O Rei do Metal na sua 2ª tentativa, ajudado por Lopo José, Falcão e Nelson Ramalho. Um cartaz pra recordar...
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