(Como já começa a ser hábito, a crónica abre com um pedido de desculpas àqueles sequiosos adeptos GFAS que, durante noites a fio, tiveram insónias por não estarem a par das mais frescas novidades do Grupo). No passado dia 4 de Agosto o Grupo de Santarém voltou a Tomar, a uma Praça onde já não pegava há pelo menos 7 anos. E é uma pena, porque, para além de ser uma cidade aficionada e uma praça bem castiça, tenho, como todos sabem, motivos especiais que me ligam emocionalmente a Tomar... Como é óbvio, falo de Eusébio da Silva Ferreira, que decidiu espalhar a sua classe aos 40 anos no União de Tomar e nos campos (pelados) junto ao Rio Nabão. Mas vamos aos toiros! O cartel desta nocturna era constituído por Rui Salvador, a jogar em casa, João Salgueiro, insigne valadense e ainda o nosso velho amigo Manuel Telles Lopo de Carvalho. Os toiros tinham 4 anos e eram da Ganaderia Vila Galé, com excepção do primeiro, que era da casa Teixeira. Para além do GFAS, pegava o Grupo de Tomar. A corrida teve ambiente, e o público (3/4 praça) foi sempre muito interventivo, com especial nota para um grupo de aficionadas que faria o grupo de fãs mais histérias dos D' Zert parecer meninas do coro. O primeiro toiro, que como os outros tinha à volta de 500 kg (não apontei os pesos, peço desculpa Srs. Empis e Mendes de Almeida), era da Ganaderia Teixeira e saiu mansote. Para abrir praça o Pedro chamou a rising star de Vila Chã (Francisco Barata) e a dar primeiras, como se esperava, o filho da Terra. Não teve nos seus melhores dias o Francisco (ai essas noites de Vilanova...) e não conseguiu reunir bem nas 2 primeiras tentativas, apesar de ter estado lindamente na cara do toiro - e sempre tranquilo, diga-se. À terceira foi de vez, com uma bela ajuda do filho da Terra. O terceiro toiro da noite, este já da Vila Galé, saiu muito "enquerençado" nas tábuas. Para a cara do toiro: António Grave "toiro do mê avô" Jesus; Primeiras ajudas: já adivinharam, o filho da Terra. O toiro foi colocado fora das tábuas e, como tal, arrancou mal viu o nosso Jesus. Este esteve lindamente, e nem ele nem o Grupo que o ajudou deram grandes hipóteses ao toiro e a pega consumou-se sem dificuldades à primeira. Ao quinto toiro da corrida, o nosso terceiro, não houve grandes surpresas. Todos sabem da vontade do Diogo Palha de chegar no mínimo aos 250 toiros e a própria afición nabantina já tinha dado vários sinais de quem queria que pegasse aquele toiro. O Pedro fez-lhes a vontade, surpreendendo apenas ao não deixar o filho da Terra fazer o hat-trick. Substituído com a classe habitual pelo eterno Pedro Cabral. A pega foi consumada sem dificuldades de maior. O toiro também foi colocado fora das tábuas e o Diogo aproveitou uma investida pronta do toiro para realizar uma pega com grande classe à primeira tentativa, e mais uma vez muito bem ajudada. O Grupo de Tomar teve também uma bela actuação, com pegas à primeira, à segunda e à terceira tentativas. De sublinhar um gesto muito simpático de terem dado ao nosso cabo uma medalha comemorativa do seu 50º aniversário (do Grupo de Tomar, entenda-se, porque o Marquês nem 30 anos tem...) A fardamenta, de luxo, com direito a piscina e tudo, foi na casa do filho da Terra. E não nos ficámos por aí - a seguir à corrida tivemos direito a uma churrascada à antiga. Comeu-se bem, bebeu-se uma série de médias, cantaram-se músicas ao Peidinha, enfim, o costume.... A redacção do site do GFAS envia um caloroso abraço à família Silva, pela simpatia e hospitalidade. Próxima etapa é no dia 13 de Agosto e é uma dupla especial de montanha de terceira categoria: Arruda dos Vinhos para o Grupo do Futuro e Figueira da Foz para os "seniores". Um grande abraço, J. Andrade |