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Grândola, essa vila morena...

No dia 27 de Agosto, pegámos em Grândola. Dia de muito calor onde se adivinhavam sol, toiros e moscas, mas não! A praça estava cheia até á bandeira, com grande ambiente e um cartel bastante audaz, com figuras de cartaz.
 No que se refere ao toiros de boa apresentação de tamanho ideal para uma corrida numa praça com as condições  que esta apresentava. Rondavam entre os 440 aos 480 kg, fazendo um curro homogéneo, bonito pela cara que apresentavam e com configurações físicas dentro das do tipo desta ganadaria excepto o 3º da ordem que se mostrava montado apresentado-se com a cara muito alta. Destaque para o 5 toiro da corrida que saiu com boas notas no que se refere à nobreza, alguma bravura, denotando classe na investida tendo como senão um descair para tábuas mas sem dificuldades em sair delas.


No que se refere aos toureiros adivinha-se uma tarde confortável onde os toureiros podiam adornar-se com os toiros. Em grande plano teve o Luís Rouxinol, certo confiante e com grande toureiria denotando que está em excelente forma. Em relação a João Moura esteve regular onde denotou algum cansaço pela parte das suas montadas, o que aproveitou para os confortáveis toiros que lhe saiu para confiar as suas montadas. Em relação á Sónia Matias teve como nós a conhecemos, com valentia entrega a bastante alegria em especial no seu segundo toiro.


No que se refere ao que nos interessa o nosso 1º toiro foi pegado pelo Francisco Goes onde denotou frente ao seu opositor calma e preocupando-se com o que estava a fazer. Revelou maturidade e uma “carreira” bastante promissora.
O nosso 2º toiro revelou sinais de mansidão sem classe onde muito pouca coisa positiva se aproveitava. Andou com a cara em cima já que o seu esqueleto o favorecia com a agravante deste não querer humilhar, o que soma um toiro chato de tourear tanto a cavalo como a pé, portanto uma palavra de apreço aos bandarilheiros deste toiro que se mostraram sempre disponíveis para o colocar. Calhou ao  “Vila Chã” (Francisco Barata), o toiro demonstrou a toda sua falta de categoria que a tinha demonstrando na lide na pega, onde arrancou brusco com a cara alta e a por a cara de uma forma deficiente o que levou a o Chico levasse nas orelhas com alguma violência. A dose repetiu-se na segunda tentativa o que se podia ter evitado em minha opinião porque houve alguma falta de zelo por parte do Almeida o seu 1º Ajuda. Para não variar na terceira tentativa o Chico levou outra vez mas desta vez o Almeida roeu-as também. O derrote da reunião deste toiro cada vez se tornava mais forte e violento com a pouca disposição de marrar. À quarta foi de vez onde o grupo se redemiu. 2 notas positvas para o “Vila Chã”, a 1º é para sua disponibilidade de tentativa para tentativa, demonstrou sempre boa cara para mais uma tentativa. Com a maturidade virá a “o crescer para o toiro” ou seja estar e manifestar  que se está acima da situação. A segunda nota positiva foi a sua postura diante da Sónia e do publico, com educação e categoria, demostrou que só se dá volta quando nós achamos que devemos dar e não quando o publico que na maioria das vezes sem cultura tauromáquica bate uma tímidas palmas o forcado ou toureiro aproveita a boleia demonstrando a falta de categoria que nos é tanto solicitada.
O nosso último toiro foi pegado com galhardia pelo Manel Roque Lopes. Esteve bastante bem fazendo arrancar o melhor da corrida de largo proporcionando uma boa pega.

O resto foi do melhor, fomos jantar á feira de Grândola. Feira com carroceis barracas de farturas,  palco para concertos, etc. Jantámos numa barraca do típico frango no churrasco, batata frita e imperial com fartura. Pois esta última não faltou, com um ambiente extraordinário descontraímos e divertimo-nos. Os convidados deste jantar foi o irmão do Almeida, o Mendes do grupo de Montemor, o Lourenço Lopo de Carvalho e Piri. Após o jantar fomos dançar e beber mais copos para o concerto da Daniela Mercury e para os Bares da feira.

Francisco Empis

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