Caríssimos, Venho por este meio informar todos os Antigos, Actuais, Futuros Forcados, para além das Amigas e Amigos do GFAS, dos últimos acontecimentos que envolvem a vida do Nosso Grupo. Depois de muito reflectir decidi que 2008 seria a minha última época como Cabo do GFAS. É uma decisão pensada muito seriamente, e se é verdade que o Nosso Grupo não pode mudar de Cabo todos os 6 anos, também é verdade que eu não poderia arrastar-me e privar o Grupo de ter um Cabo desta geração de Forcados. Não poderia esperar que tivessem 30 anos de idade, ou que eventualmente os possíveis candidatos se fossem retirando e então teria que esperar mais 10 anos. Com a evolução que a minha vida tem tido, deixei de ter disponibilidade para ser Cabo como eu gosto, a 100%. Ser Cabo do GFAS não dá muito trabalho, requer é muita dedicação, rouba-nos algum tempo, tempo que, nesta fase da minha vida, me faz falta para outras coisas. Não me arrependo de nada do que fiz ao serviço do GFAS, se pudesse voltar atrás repetiria tudo de novo, e todo o tempo que gastei com o Grupo, dou-o por muito bem empregue. Penso que o Grupo está num momento muito bom, tem muita rapaziada nova, que garante a continuidade sem qualquer problema. Eu tenho 41 anos, uma filha pequena, a Ana Maria está grávida de um rapaz que nascerá no inicio de Julho e existem no Grupo pessoas com enorme capacidade para assumir a chefia do Grupo. Como eu disse atrás não podia estar à espera que essas pessoas tenham 30 anos e privá-los de ser Cabo na força e na pujança da idade. A nível profissional também já começava a ter algumas dificuldades em conseguir conciliar tudo isto, e a verdade é que também já me apetece fazer outras coisas, como por exemplo, poder ir a uma corrida ver o GFAS, sem estar o dia todo com um nó na garganta, a pensar quem é que terei que guardar para pegar o toiro de 700 kg... toda a pressão à volta das corridas já me causa um desgaste muito grande, que não é nada saudável para mim. Por tudo isto e, repito, como há pessoas no Grupo devidamente capacitadas para assumir esta responsabilidade, decidi fazer um jantar, em meados de Dezembro passado, com os 20 elementos actuais mais velhos, onde lhes falei desta minha decisão e também da minha vontade de que se deveria manter este assunto só entre nós, até ao momento em que tivessem decidido quem iria ser o novo Cabo. Foram falando entre eles, fizeram alguns jantares, e tanto quanto me foi transmitido, chegaram rápida e facilmente a um nome, de uma forma completamente unânime, e fizeram tudo isto com um enorme nível, elevação, categoria, educação e respeito uns pelos outros. Eu não tive qualquer participação neste processo de escolha, fui acompanhando de uma maneira neutra e não estive presente em nenhum jantar, mas apoio incondicionalmente o nome que foi escolhido. Faço-o como se tivesse sido eu a escolhê-lo, e é este nome que eu proponho para ser o novo Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém. Porque é assim que eu acho que deve ser, e porque foi assim que o meu grande professor Carlos Grave me ensinou que deveria ser, isto é, os Forcados Actuais é que devem escolher o nome do novo Cabo, pois são eles que, na prática, terão que viver o dia a dia do Nosso Grupo e dar a cara conforme as decisões do Cabo, para defender e honrar a Nossa Jaqueta. O nome escolhido é o Diogo Sepúlveda, é um Forcado de mão cheia, tem 25 anos de idade, é Eng. Agrónomo, está na força da idade e tem um percurso exemplar dentro do GFAS. Acima de tudo é o nome que foi escolhido de forma unânime pelos Forcados Actuais, e merece todo o nosso respeito e apoio para conduzir o Nosso Grupo rumo ao centenário e por aí adiante... A corrida em que ocorrerá a mudança de Cabo, será em Santarém, durante a Feira do Ribatejo, provavelmente no dia 14 de Junho. Pelo Grupo de Santarém e pelo Diogo Sepúlveda, Venha vinho, Venha vinho, Venha vinho... Um grande e amigo abraço para todos, Pedro Graciosa 2 de Fevereiro de 2008 |