O Grupo de Forcados Amadores de Santarém foi distinguido na passada sexta-feira, na Taberna do Quinzena, por um grupo de aficionados que ali se reúne periodicamente, e que, desta feita, pretendeu expressar ao prestigiado Grupo escalabitano o apreço e a admiração pela sua notável trajectória na arte de pegar toiros. Estiveram presentes os antigos Cabos Carlos Empis e Carlos Grave, o actual Cabo Pedro Figueiredo (Graciosa) e o futuro Cabo Diogo Sepúlveda, que receberá o comando dos destinos do Grupo no próximo dia 14 de Junho, na Monumental “Celestino Graça”. Do mesmo modo associaram-se a este evento inúmeros forcados, antigos e actuais, que, assim, deram maior expressão e sentido a esta jornada vivamente saudada por muitos dos aficionados presentes. Após Carlos Lucas Martins, em nome dos aficionados promotores deste evento, haver justificado a razão desta homenagem, Ludgero Mendes traçou alguns dos aspectos mais significativos da história dos “Amadores” escalabitanos, tendo, a propósito referido que a constituição deste valoroso Grupo, em 1915, representa o limiar histórico da arte de pegar toiros, posto que até então se vivera a fase da pré-história, tamanha foi a evolução, organizativa e técnica, que a partir de então se operou nesta modalidade taurina tão portuguesa. De uma forma necessariamente sucinta, mas, ainda assim, evocando alguns dos momentos mais expressivos da história do Grupo de Forcados Amadores de Santarém, o orador foi descrevendo a trajectória do Grupo, citando cada um dos Cabos que sucessivamente foi conduzindo os seus destinos, e caracterizando o perfil e a projecção destes homens de grande estatura moral e cívica e que se confirmaram como forcados de eleição. António Gomes Abreu, D. Fernando de Mascarenhas, Ricardo Rhodes Sérgio, José Manuel Souto Barreiros, Carlos Empis, Carlos Grave, Gonçalo Cunha Ferreira e Pedro Figueiredo (Graciosa) foram, assim, evocados, com o respeito e a consideração que a todos é devido, tão notável foi o contributo de cada um para aumentar o prestígio do Grupo e para a valorização da própria arte de pegar toiros, em arenas portuguesas e do estrangeiro. A finalizar, Ludgero Mendes teve palavras de apreço para Diogo Sepúlveda, a quem expressou a sua confiança na capacidade de se afirmar como novo Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém, equiparando-se em competência e em dedicação aos seus antecessores. Após esta intervenção, usaram a palavra os três Cabos presentes – Carlos Empis, Carlos Grave e Pedro Figueiredo (Graciosa) – que sublinharam o seu reconhecimento por esta jornada que proporcionou a evocação de mais de noventa anos a pegar toiros e a representar com a máxima dignidade Santarém, o Ribatejo e Portugal, numa acção que nunca abdicou dos princípios em que assentou a própria fundação do Grupo e de todos os forcados que algum dia envergaram a jaqueta de ramagens dos Forcados Amadores de Santarém, que, assim, têm contribuído para que a história do Grupo esteja escrita a palavras de oiro nos fastos mais relevantes da Tauromaquia portuguesa. Ludgero Mendes (Crítico Taurino)
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