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Inauguração da Temporada em Santarém

Évora, 17 de Março de 2008

Tal como a defesa do Sporting perante um rápido contra-ataque do Vitória de Guimarães, também eu fui apanhado de surpresa e completamente desprevenido quando o meu caro primo, amigo e, mais recentemente, advogado, me informou (não pediu...) que seria eu a escrever a crónica desta corrida. Quem me conhece sabe que não pode esperar grande coisa desta crónica. Quem não me conhece, pode ter a certeza que as próximas serão melhores...

Santarém. Praça de toiros Celestino Graça. Dia 15 de Março. 4 da tarde. Sol. Estádio (quase) cheio. Concurso de ganadarias. Joaquim Bastinhas. João Salgueiro. Duarte Pinto. GFA de Santarém. GFA de Alcochete. A coisa prometia...

No princípio da Corrida foi lembrado o nosso amigo, o tio Luís Sepúlveda que nesse dia faria 57 anos. Fez-se silêncio na praça. Ele achou simpático, mas o que ele queria mesmo é que a corrida começasse...

Rio Frio, Herdeiros de Paulino da Cunha e Silva, Fernando Palha, David Ribeiro Telles, Murteira Grave e Vale do Sorraia, foram as seis ganadarias representadas. Foi um concurso de ganadarias de bom nível, tendo saído os toiros bem apresentados e na generalidade cumprindo a sua função. O prémio de apresentação coube ao toiro Murteira Grave e o Prémio de Bravura foi entregue ao toiro Fernando Palha.

Os cavaleiros também tiveram uma boa prestação, destacando eu na minha enorme sapiência o João Salgueiro, tendo sido o cavaleiro que mais aplausos arrancou.

Se quiserem saber mais dos toiros e dos cavaleiros vão pesquisar na internet ou leiam o farpas, porque eu estou aqui é para falar das pegas.

A pega do primeiro toiro da corrida (Rio Frio, +/- 465 kg) tocou ao Diogo Sepúlveda. Tal como na maioria das pegas do Diogo, pouco há a dizer. Apesar do toiro se ter arrancado subitamente, o Diogo aguentou muito bem e recuou na perfeição, fechando-se depois como é seu hábito. Ainda por cima, foi bem ajudado. O toiro não teve a mínima hipótese. Brindou ao tio Luís.

Coube ao Peu pegar o terceiro (Fernando Palha, +/- 450 kg). Foi o único da tarde que não foi pegado à primeira tentativa (deixa lá que eu também sei o que isso é...). No primeiro round o toiro arrancou-se de pronto e o Peu, apesar de ter aguentado bem, não conseguiu recuar o suficiente, tendo feito uma má reunião e ido pelos ares. À segunda esteve impecável e fez uma bela pega, corrigindo na perfeição o erro anterior. Brindou ao nosso amigo Pedro Laranjeira

O quinto da tarde (Murteira Grave, +/- 500 kg) foi pegado pelo diestro Gonçalo Veloso. Talvez sentindo-se inferiorizado pela condição física de outros companheiros (...), o Nissan decidiu começar a treinar como deve ser. O resultado foi uma pega fantástica à primeira, tendo o Gonçalo aguentado sozinho na cara do toiro durante bastante tempo num toiro que andou sempre com a cara baixa, tendo sido difícil de ajudar. Esteve imponente a citar. Valeu o bilhete. Olé Maestro! Brindou ao grupo de Alcochete.

O grupo de Alcochete esteve em bom nível tendo feito três pegas à primeira sem espinhas.

O jantar no Vargas foi um sucesso. Para tal contribuíram essencialmente três factores: muitas miúdas, muito vinho e muitos Sepúlvedas. Foi um jantar multi-geracional onde o ficou bem patente o bom ambiente que se vive neste grupo.

Festa rija no Q.B. a terminar noite, onde a dupla Inês Sepúlveda Castanheira/Xico Empis arrasou com o seu vasto repertório de danças de salão.

P.S.: Melhor que almoçar com a família no Domingo de Páscoa, só a Corrida de Homenagem ao tio António Murteira no dia 23 em São Manços, onde o Dr. Pedro Cabral nos irá brindar a todos com uma pega à antiga Portuguesa.

Força aí malta! Boa Páscoa!

Francisco (Kiko) Sepúlveda

(devidamente autorizados pelo site www.tauromania.pt, publicamos as fotografias de Francisco Romeiras, aí publicadas)

Ambientaço em Santarém!

"Va por usted, tio Luís!"

O momento da reunião.

Extraordinária saída do toiro da casa Palha, que seria o mais bravo do concurso.

O momento do recuar - magnífica a expressão do toiro!

O muito simpático brinde de Vasco Pinto, enorme forcado e cabo do Grupo de Alcochete, a Pedro Graciosa e Diogo Sepúlveda.

N.º 103 da Galeana - Prémio de Apresentação.

Parte final da pega de Gonçalo Veloso ao toiro de Murteira. Pelo caminho ( e pelo chão...) estão já 6 ajudas. O Gonçalo agarrou-se com tudo: braços, pernas, dentes... e com alma! O primeiro grande momento da 94ª época do GFAS.

Palavras para quê, é um artista português...

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