Amigas e amigos, Lisonjeado com o convite que me fizeram para escrever a crónica da Corrida de Almeirim e não tendo o dom da palavra, vou tentar transmitir-vos, da melhor maneira que souber, mais uma tarde de pegas do nosso Grupo: III Corrida do Jornal O MIRANTE na Praça de toiros de Almeirim. Toiros: 6 Sommer D’Andrade 6 Cavaleiros: António Ribeiro Telles João Salgueiro António D’Almeida Pegaram connosco o grupo dos Amadores de Vila Franca e o grupo do Aposento da Moita. ¾ de casa e o tempo macio. Recebidos que nem “Lords” em casa do nosso amigo Guilherme Oliveira”Galhé”, aliás como era de esperar, a rapaziada apareceu em força e cheios de vontade. De notar a quantidade de rapaziada nova que carregava malas, e ajudava os que se fardaram a vestir, sinal de que a máquina não pára. De notar também a falta de rapaziada mais velha, que já não pega, numa corrida que é ao lado de casa e com bilhetes a 10€. Temos de nos lembrar do que gostávamos de ver os mais velhos nas nossas corridas. Eu gostava. Os toiros ajudaram à corrida, estando o curro muito bem apresentado mas anunciado com um peso que me pareceu superior ao que realmente tinham. Com 4 anos e todos na casa dos 500/ 550KG, andaram todos bem mas a mostrarem pouca força, o que ás vezes nos dificulta a vida. O 1º toiro da corrida andou sempre bem no cavalo, a consentir bem e a correr muitíssimo. Para o capote vinha de seda. Toiro a menos para o grupo pela pouca força que tinha, mas que serviu perfeitamente para o regresso do António Grave depois de ter estado parado 1 mês e meio devido a lesão (ou lá o que aquilo foi). Pegou à primeira com muita calma e à barbela, com o toiro a sair um bocadinho solto e de largo mas sem maldade e a conseguir uma viagem quase até as tábuas. Vem aí uma maratona de corridas e estes toiros ajudam a confiar. Deu primeiras o Pedro Féria, no sítio dele e a ajudar cá atrás. Trancou-se no toiro por cima do António a mostrar que está em forma, à vontade e com vontade. O Pedro Cabral e o Bernardo Sá Nogueira nas segundas e um a cada piton como nos ensinaram. Uma boa parelha de 2ªs ajudas sempre foi importante e fundamental para a maior parte das pegas. Pôr um forcado com menos experiência como o Bernardo a dar 2ªs com outro com a experiência e qualidade do “Peidinha” é importante para que se possa transmitir algumas coisas que só lá dentro se consegue. E aproveitar estes toiros para se formarem novas parelhas de 2ªs, que se entendam e que ajudem quando “eles” vêm a pedir contas ao grupo. Nas terceiras o Miguel Navalhinhas, o Peu Torres, o Nelson Ramalho a abafarem o grupo que veio todo até cá atrás e a fazer o que lhes competia. O homem do leme foi o David Romão, a cumprir sem dificuldade. O 4º Toiro da corrida andou sempre bem para o cavalo mas um bocadinho diferente no capote, a não se empregar tanto como o primeiro. Foi o Francisco Goes para a cara. Na primeira tentativa não percebeu bem o toiro que saiu solto e o momento da reunião ficou comprometido com um “carregar” fora do tempo, ou mesmo desnecessário. À segunda com mais calma a fazer tudo bem e a fechar-se à córnea, desta vez para ficar lá. Este toiro “podia” mais que o nosso primeiro e pelo caminho dele, empurrou até cá atrás. O Sá Nogueira deu uma 1ª à “kamikase” a aguentar a porrada, a compor o forcado da cara e a desaparecer do mapa, sem se pendurar no Francisco que vinha fechado à córnea. Parece-me que anda com vontade. Assim é que é. Nas segundas o Pedro Féria e o Nelson Ramalho a fecharem bem nos pitons e a arrumarem o Francisco na cara do “Buff”. A fazerem bem o que lhes compete! O Miguel Navalhinas, o Manuel Murteira e o Francisco Lorga nas terceiras , a abraçarem o grupo que vinha coeso e a cavalo n’ele, com excepção do Sá Nogueira e do Ricardo Tavares que vinha ao leme. Mais uma vez o grupo a demonstrar a excelente forma em que se encontra, a ajudar como deve ser e a prometer actuações de luxo para a feira da nossa terra. Pelo grupo de Vila Franca pegaram o Pedro Castelo à 3ª e o Rui Graça à 2ª, com o grupo a ajudar bem nas duas pegas. Pelo Grupo da Moita pegaram o Gustavo Martins à 2ª, pega brindada ao grupo de Santarém, e o José Broega à 1ª. Também o grupo da Moita a ajudar com qualidade. Cumpriram o António Teles, o João Salgueiro e o António D’Almeida, exagerando no entanto na quantidade de ferros colocados em toiros já por si com pouca força. Jantar no Capeto com um ambiente típico de quem está bem na vida. Estamos nesta fase de transição em que é óptimo este ambiente saudável e divertido em que o nosso grupo se encontra. Pedro, parabéns e obrigado por teres o grupo como tens. Diogo, tou cá para o que calhar, mas principalmente para o Marco. Rapaziada mais velha, temos de aparecer mais! Espero não ter maçado. Sorte para o resto da temporada. Pelo Grupo de Santarém, Venha Vinho! Diogo Durão |