8 de Junho 3 Toiros Pinto Barreiros para o GFAS em Santarém, 3/4 de praça. Antes de descrever as peripécias de mais uma tarde de toiros do GFAS na sua terra, uma mensagem para os actuais forcados que considero importante. Aproveitem o tempo de antena de corridas televisionadas para defenderem a presença dos forcados nas praças e a corrida de toiros em Portugal. Que vergonha o esquecimento a que continuam votadas as enfermarias das praças, e as famigeradas banderilhas a espanhola. Denunciem “ao microfone” estes escândalos, e já agora, mandem a associação animal e outros pseudo verdes e pseudo protectores, manifestarem-se e interporem providencias cautelares junto daqueles de onde vem a carne para os bifinhos e os franguinhos que eles comem todos os dias, mas onde não há a exposição mediática que eles procuram, quais parasitas, no maior espectáculo tradicional e cultural Português. Passando aos toiros e as pegas da tarde de 8 de Junho, que e para isso que aqui estou. 6 toiros na sua generalidade mansos, com muita crença nos curros e com investidas repentinas para o cavalo. No capote investidas “tremidas”, pouco francas. Para o forcado arrancavam soltos e a chouto, a pedir que lhes enchessem a cara para marrarem qualquer coisa. O primeiro toiro foi dado ao nosso forcado mais experiente, para não variar em grande forma, o JP (“Homem de Borracha” na boca dos tiffosi do Grupo do Futuro). As características do toiro não permitiram ao JP entrar nos seus terrenos e mandar como ele gosta, arrancando o toiro assim que viu o forcado. O JP falou-lhe e bateu-lhe o pé já ligeiramente fora de tempo, o que ainda assim não prejudicou a reunião, de muita calma a recuar e vontade de lá ficar. Grande primeira do Féria, outro em grande forma, a fechar se com o cara para o encaixar, e a mostrar a seguir como se bate com as costas no chão. Segundo toiro para o “Petit” do Grupo de Santarém, Peu Torres. Singular a sua entrega em praça, sempre discreto e para qualquer toiro. Toiro com uma investida alta que poucos previram, só com o corno direito, que tornou a pega um suplicio só de se ver, porque pela cara e garra do Peu não pareceu assim tão difícil de executar... 4 tentativas com ritmo apesar dos desfeites impressionantes, custando ao forcado “apenas” 3 costelas partidas e uma lesão interna, forcado sempre com a mesma cara a crescer para o toiro. Parabéns Peu, mereceste as palmas de pé que ouviste de muita gente, volta depressa porque são homens como tu que garantem épocas ao grupo. Terceiro e último toiro para um forcado que ameaça tornar-se num caso sério de carreira no GFAS. O António Grave vinha de uma operação recente, pelo que naturalmente pouco rodado. Mas e dos que se encastam, pelo que não espero outra coisa que vê-lo de novo em grande de momento para o outro. O toiro deu uns passos de “trote” a ameaça a arrancada, O António apesar de hesitar entre carregar de imediato e templar, soube depois falar com o toiro, recuar (pouco, ao seu estilo) e reunir com vontade. Mais uma grande primeira do Nelson e boa entrada dos segundas. Por fim, e apesar do sofrimento de ter o Peu na cama do hospital, repetidas vezes lembrado, o jantar acabou por ser de ambiente, em parte pela nostalgia e sentimento da maior parte dos discursos dirigidos ao Cabo Graciosa, que com grande simplicidade e mestria dirigiu o grupo nos últimos 6 anos. Falando por mim, foi um líder que conquistou a equipa que “herdou” sem nunca precisar de se impor, uniu a ainda mais com o seu exemplo de amizade, e criou com isso o ambiente ideal para formar muitos forcados, deixando também muitos para deixar ao Diogo Sepúlveda. Muitos parabéns Pedro pela marca que deixas, e obrigado pela tua amizade. Entoaram-se também novos cânticos no jantar, reproduzidos na perfeição pelos tiffosi do futuro sob a batuta de Jorginho. Destaco aqui alguns desses cânticos, a descobrir para quem ficar curioso, no jantar de mudança cabo: - “Navalhinhas nasceste barrasco”; - “O Sargento”; - “Lopo és o nosso Chalana, deixa crescer o bigode” - “Feria és o nosso Murtosa, deixa crescer o bigode” - “O António Grave e a Carochinha”; - Tributo ao David Romão, em inglês. Até dia 14 e um abraço a todos. Pedro Seabra |