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Marco cada vez mais uma tradição!

19 de julho 2008, Marco de Canaveses, uma data  que certamente ficará na memória do GFA de Santarém por inúmeras razões, mas sobre isso já falarei.

Não posso, nem quero, começar esta crónica sem fazer alguns agradecimentos, pois a maneira como fomos recebidos pelo 3º ano seguido no Marco é praticamente indescritivel, principalmente para um desléxico a quem letras e palavras por vezes saem baralhadas. Ao Sr. Presidente da Câmara do Marco de Canavezes Dr. Manuel Moreira, e aos vereadores Engº Mota e Engº Luis Almeida, sendo este último incansável na maneira como nos pôs à vontade.
Falando agora da digressão propriamente dita, e com muitas histórias para contar, começo pelo chamado, principio:

6ªfeira, saí de Lisboa no carro do Duarte Cortes (pensado  que ia para a despedida de solteiro do Zé Real) que passa em Santarém  a buscar o Chefe Diogo. Logo aí ficámos a saber que o tio Gonçalo Sepúlveda e Manuel Coimbra iam à corrida do dia seguinte, de louvar é a aficcion.

No Marco por essa hora já la estava o Veloso com a sua trupe, comandada pelo Jorginho, a já lendária canalha! Já no fim da noite juntam outros dois para a festa, Alexandre Albergaria “O ferrador de Almeirim” e Tancredo Pedroso  “ vai voltar”. O resto dos elementos, contando com o nosso JP,  chegaram  na  tarde de Sábado,  estava fresquinho, eram só 38 graus.

18:00hm, começa a corrida e vê-se já nas cortesias chefiadas pelo o Diogo várias caras conhecidas, o Alexandre, o Tancredo, o estreante Luis Menezes (que fez uma boa estreia), e... espera aí, aquilo é o....Duarte “Pega Bombas” Cortes, só pode ser bom, já pensava eu!

Sai o 1º toiro da corrida, um bonito Coimbra da linha antiga (já cheira a bombóca!), com 490 kg, que depois de uma lide agradável de Rui Fernandes, parecia estar impecável e um doce para a pega. Para a cara do toiro foi um forcado que todos conhecemos, que sempre foi conhecido pelo seu enorme valor, raça, técnica, poder e como amigo daqueles “à intiga!”, era o ainda baralhado por  ainda não ter visto o Zé Real, Duarte Cortes! Depois de ter brindado com emoção ao Cabo Diogo, pôs-se, como mandam as regras do bem pegar, cá de trás com um cite elegante, mas o toiro arrancou-se logo e a choto, tendo resultado numa reunião deficiente. A partir daí, com a ajuda dos bandarelheiros e as suas trapadas, o toiro piorou muito ficando mais parado e como menos investida, obrigando o Duarte Cortes a mostrar o seu valor, em mais três durissímas tentativas, consumando á 4º tentativa com óptima 3ª ajuda do Xiquinho do Império.

Parabéns Duarte, passados 4 anos, depois de partires a perna, não deve ser nada fácil meteres-te diante d’um toiro, só pa não acabar a tua brilhante carreira dobrado pelo Palha, mas compreendo-te! Nota: Por esta altura já o Féria não conseguia mexer o pescoço, já que levou uma porrada pelo chão.

No 2º da tarde, de bom comportamento e baixel de córnea e na casa dos 450kg, foi o João Torres o escolhido com o David Silva na primeira. O João começou a citar de largo e com calma, quando o toiro já olhava para ele “pedindo-lhe”  que carregasse de largo, o João não exitou, estando bem em todos os momentos  da pega, e com o grupo a fechar bem cá atrás.

Sai à praça o 3º da tarde, e com um comportamento reservado, tipico da um toiro sério, sai para o nosso João Brito “Pauleta”, que se iniciava a pegar um toiro pelos Amadores de Santarém. Com muita calma, pouco vulgar para quem nunca pegou, citou bonito e bateu o pé ao toiro que, já esgotado pelos capotazos que “sofrera”, não reagio. O Pauleta teve que ir lá acima, onde seca a boca a muito boa  gente, e bater  o pé a 1 metro do toiro, conseguindo-se sacar bem e reunir para ficar que nem uma lapa fechado à barbela, com o toiro com a cabeça no ar- Bela estreia no GFAS.  Nota: Xiquinho do Império nas primeiras muito bem, e já era o 3º toiro a que ia lá dentro nessa tarde, mal sabia que ia a todos os toiros e a ajudar muito sempre!

Para o 4º Coimbra da tarde, o melhor da corrida, com óptimas condições para a pega, o escolhido foi o Jorginho chefe da canalha, que com Zé Fialho a primeira ajuda, e o Albergaria e o Tancredo nas terceiras ajudas, não soube aproveitar a boa investida do toiro, reunindo mal, e foi obrigado a uma 2º tentativa onde a reunião voltou a não ser boa, mas a vontade de lá ficar do António foi maior ficando na cara do toiro à 2ª tentativa. Rematou com uma rabejação elegante, a nova “carraça” do grupo, o Gonçalo Veloso que não largou por um minuto as mangas da jaqueta do Cabo, ainda nos vais explicar Gonçalo, o que querias, já devias saber que os Coimbras não são os toirinhos do Veloso.

No 5º toiro da corrida sério e que prometia uma pega longa e emotiva, foi para a cara o João Goes, que pegava o seu 1º desta temporada tal como o Jorginho. Numa 1ª tentativa em que o João esteve muito bem com o toiro, inclusivé a recuar, houve uma grande precipitação do primeira ajuda David Silva, que com muita vontade de ajudar chocou com o João Goes quando este se preparava para receber o toiro (acontece, mas tenho a certeza que o David não repetirá pois sabe ajudar bem!). Na 2ª tentativa o David emendou-se a ajudar, e com o João estando de novo bem com o toiro, consumou-se a pega rematada pelo rabejador Alexandre Albergaria.

Para o 6º toiro da corrida, o maior dos Coimbras com 500kg de peso, foi para a cara Manuel Murteira Jr., que parecia bastante confiante. Começou a citar  depois de uma nova grande confusão de bandarelheiros na praça para colocar o toiro, desta vez eram 4 lá dentro. O Manuel mal começou a citar o toiro, este arrancou-se de largo e franco, mas o Manel, talvez por falta de toiros pegados, carregou o toiro quando não havia necessidade e já muito em cima dele, não conseguindo recuar, resultando numa dura reunião que o Manel não suportou e foi desfeitado. Já no chão o toiro passa por cima  do Murteira e pisa-o  com violência, mandando-o para a maca com muita e compreensivas dores, que se viria a saber mais tarde, que era uma lesão antiga do Manuel nos tendões junto da anca. Para a dobra viram-se vários forcados a oferecerem-se, sendo o valente Gomes Pereira destacado para função que resultou em duas duras tentativas com grande ajuda do Nelson “ Quitado” Ramalho.

Manuel, agora é olhar para a frente que para a próxima vai correr bem de certeza! Gomes Pereira, estiveste um Leão, já te estás a transformar  de puto em Homem, o que enche de orgulho todos os que te judiaram, inclusivé a mim! (mas vais continuar a ser judiado, porque esta transformação ainda não acabou!).
Depois da corrida fomos jantar para a feira, em que todos nos divertimos muito e que quase toda a gente discursou, em que contámos com a companhia do Maestro Ricardo Chibanga, que num discursso emotivo mostrou toda a amizade que tem pelo grupo.

Fica-nos também na memória a maneira com que o Bernardo Rodrigues “Bábá” (que nunca se fardou pelo grupo) veio para esta corrida, apanhando um comboio de Santarém para o porto e depois um táxi (!). É de louvar, os 18 anos do Bisneto Zé Goes, festejados à meia noite de sábado, e a  falta do Peu a esta corrida em que a sua máquina de cortar cabelo faria milagres! Peu, esta falta vai para a caderneta, a tua e a dos Eborenses que não vieram!

Sem mais nada a dizer, com a certeza confirmada no Marco de que temos mais que Grupo para pegar 9 toiros no dia 2 de Agosto em Abiúl e em Tavira, termino este texto com:

Pelo Grupo de Santarém, venha vinho!
Venha!
Venha vinho!
Venha!
Venha Vinho!
Venha                                                                                                                

António Grave Jesus

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