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Dia de convívio no Castilho

Antes de mais vejo-me na obrigação de pedir desculpa pelo atraso desta crónica, ou tentativa de algo semelhante a isso. Agradeço o facto do Lopo me ter encarregado de escrever, algo que após a leitura de mais dois parágrafos se pode começar a constatar como um disparate devido ao meu pouco ortodoxo português.

Foi no passado dia 11 de Outubro que o nosso cabo do grupo do futuro, Lopo, teve a iniciativa, de organizar um dia diferente para a mais nova fornada de forcados e futuro do GFAS. Um dia com vista ao convívio e contacto com o gado bravo, para segundo o Lopo o ganho de sítio e vontade dos elementos mais novos.

Bem cedo nos juntamos ao pé do tentadero do Castilho onde, para além de uma arca de médias, recebemos a notícia de que era necessário encercar duas vacas, e bem hastifinas que esperavam num curral ali perto. Como estava anunciado um espectáculo de lides apeadas com um cartel de luxo, fazia bem parte do espírito o encierro matinal. Não estava fácil mas com uma ajudinha do André Durão lá se agarraram as vacas.

A seguir a um bem regado pequeno-almoço começou a sentir-se um nervoso no ar, pois o espectáculo estava para começar. Depois de já o Pedro Féria ter aparelhado o seu cavalo para picar, estava tudo pronto para a esperada corrida, que passo a relatar na forma de verdadeira crónica:  

- Praça: Praça do Castilho

-Publico: ¾ fortes de Publico

-Matadores: -Bernardo Sá Leão

                     -Lopo José (Tomás) Lopo de Carvalho

                     -José Maria (Manzanares) Teles Feio

  3 Reses Infante da Câmara.

Dirigiu Filipe Almeida e Peu Torres

-Abriu praça Sá Leão, andou esforçado perante uma oponente que pouco colaborou. Recebeu no capote com vontade de triunfar.

Na muleta andou em terrenos de compromisso, esforçado teve mérito de conseguir ligar alguns lances de ‘Sá Leoninas’ que chegaram ás bancadas.

-Para a segunda da noite Lopo, na praça da sua terra não se esperava mais que uma tarde para dar o exemplo, e assim foi, sendo que ainda por algumas vezes testou a consistência do chão.

De referir as imponentes varadas do picador Féria.

-Na ultima vaca da tarde bordou o Teles Feio, imponente com o capote. Na muleta começou com uma aparatosa voltareta mas superou com garra o susto.

No final houve uma vaca para os curiosos. Onde se viu a arte de alguns elementos mais velhos alguns em vésperas de sair a bandarilheiros no campo pequeno, como o nosso cabo Diogo e o António Grave. Houve ainda a oportunidade de ver bordar o toureio André Durão, Bernardo Mira e o Peu.

Mais:

Empenho dos artistas

Arte de Pedro Féria na sua montada

Menos:

Atraso do Almeida (director que comprometeu o espectáculo)

Após as lides foi altura do almoço. Divertido e dos que ficam na memória que, nem a noite e apesar de ser ao ar livre conseguiu parar. Sabe sempre bem estarmos juntos nestas alturas em que escasseiam os eventos taurinos propriamente ditos, o defeso.

Como seria de esperar dado o ambiente o almoço acabou no meio de cânticos, desde fado até aos já conhecidos cânticos do GFAS, com a introdução de um novo tema entre os já grandes êxitos.

Enfim um dia diferente que sem duvida encheu as medidas aos presentes.

Um abraço

Francisco Goes

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