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No Sobral só o frio é que teve mal?

Dois anos volvidos e o Grupo de Santarém volta à aficionada praça do Sobral de Monte Agraço, não para defender o famoso prémio do tractor d’ouro/d’oiro, mas sim para pegar uma novilhada de Falé Filipe.

Apesar de nos cartéis vir anunciado o Grupo sénior, visto que o IGAC assim o impõe, a corrida era para o Grupo do Futuro, que desde a mudança de cabo não tinha uma oportunidade destas. Portanto juntavam-se aqui dois factores importantes, a estreia do Cabo Lopo às manivelas e uma corrida séria para o Futuro.

Para que a canalha não comece a ficar mal habituada, a fardamenta foi no quartel dos bombeiros da terra, que por acaso oferecia umas belas condições e tinha duas mesas que em muito ajudaram a rapaziada a esconder/esquecer o medo, uma de ping-pong e outra de matrecos ou pimbolim.

Visto que se tratava duma data importante para o Grupo do Futuro, os dois últimos cabos compareceram à fardamenta, tendo o Filipe a amabilidade de oferecer à canalha um livro com os primeiros 50 anos de história do GFAS, sendo que o Pedro ofereceu as suas qualidades de cameraman e fotógrafo (fez lembrar o Cecílio ou quiçá o Chaparreiro).

A novilhada era mista, tendo dois cavaleiros e dois espadas no cartel, sendo que estes últimos toureavam 4 novilhos, sobrando então dois para as pegas dos moços de forcado.

O nosso primeiro novilho andava na casa dos 500kg, sendo que de cima do camião parecia bem diferente, enfim são perspectivas distintas. Depois duma lide um pouco “tocada” do ginete Tomás Pinto, foi para a cara do novilho o membro do meio da família Goes, o João. Apesar de pouco pegado e ser conhecido pelas muitas perguntas que faz antes de pegar, o João na primeira tentativa teve bastante calmo e consegui pensar naquilo que tinha que fazer. O toiro saiu com pata e a humilhar pouco mas a reunião foi boa, faltando só as pernas que ao não fecharem puseram o Chico do Império com um olho à belenenses e a não conseguir ajudar eficientemente. O novilho acabou por despacha-lo já nas tábuas. Na segunda tentativa a calma manteve-se e uma melhor reunião deu oportunidade a uma bela ajuda do Chiquinho e do resto do grupo, entrando tudo em bloco, sendo que as tábuas ficaram vincadas nas costas de alguns.

Para o segundo novilho da tarde, que tinha menos 30 ou 40 quilos que o primeiro e que foi toureado pelo Tiago Carreiras (sósia/irmão do Roque Lopes) foi escolhido o Russo, Bruno Russo. Era sem sombra de dúvidas o biscoito que qualquer forcado deseja, se não fosse a prioridade em dar oportunidades à canalha tenho ideia que o Féria é que teria sido o escolhido e de certeza que faria melhor figura. O Bruno teve o mérito de reunir rápido e bem nas cinco vezes que foi ao novilho mas em nenhuma delas fechou o pernil, o que dificultou a entrada do Quintela, mas que mesmo assim ajudou bem. Quando o novilho chegava cá atrás a vontade de ajudar da canalha era tanta que acabaram por tirar uma vez ou duas o forcado da cara do toiro, fruto de alguma inexperiência que só com toiros é que vai sendo corrigida.

Apesar do mérito em ter lá ido 5 vezes, não se admite a quem pretende vir a ser Forcado do Grupo de Santarém andar de tentativa para tentativa a vir para as tábuas à espera de “ordem de substituição”, quando as condições físicas ainda permitem mais tentativas. Os forcados nestas alturas têm que crescer para os toiros, atitude que faltou ao Bruno.

De qualquer maneira o saldo acabou por ser bastante positivo, viram-se coisas boas por parte da canalha, numa novilhada em que os oponentes estavam sérios, não permitindo grandes abébias. Não esquecer que o Cabo, o Féria e o Vila Chã eram os únicos fardados com mais experiência de grupo sénior, os outros 15 era tudo gente nova, mas se a atitude se mantiver o Diogo certamente lhes dará as devidas oportunidades, que não podem ser desperdiçadas numa altura em que a competição está forte.

A Tertúlia Tauromáquica Sobralense, entidade organizadora do espectáculo, ofereceu uma jantarada aos intervenientes na festa em que se comeu porco espetado e se bebeu vinho e cerveja à descrição, como manda a sapatilha! Não contentes com a calma que se abatia sobre a vila Sobralense, houve uma migração em massa para Almeirim onde deu para ir chatear o Firmino ao Império e fechar o QB como nos tempos antigos…

Antes de terminar a crónica queria só agradecer aos elementos mais velhos que foram ao Sobral ver a canalha e especialmente ao Felipe Sepúlveda e ao Pedro Seabra.

Pelo Grupo do Futuro venha vinho….

Lopo José Carvalho

 

                                                      Janito Goes

                                                      Ajuda do Zé Tábuas

 

                                                      Russo D'Alcanhões

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