Caro Diogo: Deixa me que faça um ponto prévio: Por favor anexa a esta “crónica”, caso a consideres passível de publicação, o cartel em anexo, pois se não o fizeres aumentas em muito as minhas possibilidades de me tornar maçador, já que o cartel foi tão extenso, pois em vez das corridas passarem para 4 vá lá 5 toiros, agora vai para os 7!! Viva a afición! Olhando para o que aconteceu na corrida de dia 14 dos “Graves”, é natural que nos ocorra dizer qualquer coisa tipo: podia ter corrido melhor….por duas ou três tentativas, tinha sido imaculado….os toiros estavam do melhor, etc, etc. Eu gostava de te deixar nesta crónica o que vivi nesse dia, quer antes da corrida, quer durante a qual estive na trincheira com o Grupo… entre os agarradores e os treinadores (utilizei a palavra treinadores somente para facilitar a rima), estive num ponto intermédio. Permite-me que te diga que não invejei nem um minuto do teu dia. Fui contigo ao sorteio, almoçamos juntos e vi-te na trincheira a penar bastante. Foi uma caminhada “dura”, não porque não tivesses 20 forcados fardados dispostos a deixar a pele na praça, ou por não ter muita gente na praça que te quisesse ver brilhar (a ti Grupo), mas pelo tamanho da responsabilidade que representa pegar 7 Graves, nas condições em que o fizeste: a) Forcados ainda lesionados da feira do ano passado; b) Forcados amassados e lesionados já desta feira (após duas corridas); c) 7 Graves, sem sabermos o que sabíamos no fim da corrida; d) Feira na nossa terra. Não vou comentar as pegas por assim dizer, nem sequer dizer o que gostei menos ou o que acharia que poderia ter sido feito melhor e/ou diferente, pois isso não representaria desafio para mim!!, já que nesta corrida… fui "ponto intermédio”. Quero deixar-te dois ou três apontamentos que de alguma forma me sensibilizaram, ou como diria o outro ponto intermédio (Graciosa), apontamentos que me encheram as medidas! Um brinde de filho para pai. Este brinde “per si” já é suficientemente especial para me emocionar, mas quando o brinde é de forcado (filho) para forcado (pai) do nosso grupo, ajuda a entender o que faz do GFAS um grupo especial; A alegria imensa que vi no Pauleta (desculpa não utilizar o nome verdadeiro, mas compreende que se no caso alguém se der ao trabalho de ler até aqui, é muito mais fácil se situar sobre quem estou a falar), não tanto pela sua pega, mas porque enquanto dava a volta com o cavaleiro (ver anexo) viu o seu pai “ aparentemente pouco dados a estas lides” sem que soubesse que iria estar na praça nesse dia; O brinde que António Jesus te fez Diogo. O que o António disse, certamente te emocionou, assim como emocionou o resto dos forcados fardados e pontos intermédios. Resumidamente o António deu-te os parabéns pelo o teu primeiro ano de Cabo do nosso Grupo, mas agradeceu-te também por teres aceite aquela corrida. Gostei muito do brinde, pois tu aceitaste a corrida dos 7 Graves sem saber como iriam sair nessa tarde, ao contrário de uma serie de gente na praça que nunca teve duvidas que os toiros iriam sair como efectivamente saíram (bem, graças a Deus); Não posso deixar de te referir o nome do Gonçalo Veloso, que tão bem lhe escolheste o toiro. Tenho a certeza que o que te digo, não representará surpresa nenhuma… ele adiantou-se uma barbaridade!!! Olé. Foram demasiados bons apontamentos para te maçar nesta “crónica”; O Peu com o barrete na mão para dobrar o Roque Lopes – priceless; Nenhum primeiro ajuda foi repetido em sete toiros; Ainda sobraram 2 forcados de caras de Raiz por utilizar, mais o Mestre David; Por cima na barreira vi uma serie de forcados que te irão ajudar num futuro muito breve, e certamente se tivesses tido necessidade, não te tinham deixado ficar mal.
Compreendo que não publiques esta “crónica” no entanto deixa me que faça uma declaração de interesses para a eventualidade de vires a cometer essa parvoíce. Provavelmente deveria ter sido feita nos pontos prévios, mas após leitura cuidadosa desta “crónica” pareceu-me que devia deixar isto claro; Sou teu primo, amigo e grande admirador do grupo de homens que lideras e da maneira como o fazes. E se os toiros tivessem saído com mais sal!!!! Ora meu caro, fazia-se com se faz á 90 e muitos anos….mais tentativa menos tentativa…pegavam-se.
Venha Vinho. Nuno Sepúlveda |