Montijo, 25 Setembro 2010 O GFAS marcava presença na homenagem de mais um Homem da nossa Tauromaquia, o Cavaleiro José João Zoio, num “vastíssimo cartel” de 12 cavaleiros e 3 Grupos de Forcados, para pegar 6 toiros da Ganadaria Ruy Gonçalves, que pesavam: 610, 585, 610, 630, 575 e 690 kg. Pelo “andar da carruagem” não deve faltar muito para ver nas praças Portuguesas saírem com regularidade toiros com 750kg. Será que se justifica esta alarvidade!? É verdade que o Homem progride na proporção dos seus desafios e contrariedades da vida, mas também não é menos verdade que a excessiva ambição é um dos principais adversários do mesmo Homem. Esta corrida antevia-se um ‘pouco’ fatigante e bastante longa, daquelas que em fim de temporada nos dá demasiados argumentos para se faltar, ainda bem que me decidi exactamente pelo contrário e fui ver mais um importante dia do nosso GFAS, não pela limpeza na prestação, mas pela maravilhosa entrega dos Homens! O primeiro toiro acusava 610 kg na balança, o nosso Cabo Diogo decidiu oferecer este bicho ao Luís"inho" Sepúlveda. O Luís esteve correcto e a gosto no cite, sente-se progresso de pega para pega e começa a ser difícil trata-lo por "inho"... A rapaziada ajudou bem e consumou-se a singular pega da corrida á primeira tentativa. O quarto da corrida pesava 630 kg e mais parecia um comboio nas suas investidas do que um toiro! Para a cara mais um ex-"inho", o Jorg"inho" Imaginário. O toiro estava cheio de força, e prova disso foram as violentas entradas em todas as tentativas, assim que sentia algum peso na cabeça dava em "pôr mudanças" e como se isso não fosse suficiente ainda despachava a rapaziada com toda a genica. O António percebeu que tinha ali um momento sério, esteve calmo, mas convicto no cite, a investida foi muito violenta e era impossível lá ficar, e cedo se percebeu que tinha que ser pelo cansaço, querer e valentia e foi basicamente e simplesmente isso que o Grupo fez. O Jorge e todos os ajudas nunca se minimizaram e cresceram sempre de tentativa para tentativa. Foi pegado á 5ª, sendo que para mim a mais impressionante foi a 2ª, nesta vimos mais uma enorme primeira ajuda do Nelson, normal no Nelson! Mas nem por isso insuficiente para ser enaltecida. De facto é uma pena os ajudas não serem chamados á praça mais vezes, pois bem o merecem! Este toiro é um dos que não desejamos mas que são necessários para fortalecer o espírito de grupo, entreajuda e a amizade e para enriquecer estes valores serviu na perfeição. Jorginho provaste que quem espera sempre alcança, soubeste transformar os erros do passado em oportunidades do presente e do futuro - tudo na vida tem um lado positivo. Naquela tarde de Marco de Canaveses, que tão mal te correu, serviu o bilhete, pendurado na parede do teu quarto desde esse dia, ainda bem que o soubeste aproveitar, sinto-me muito feliz por ti. Rapaziada mais nova: são exemplos destes que tem de saber interpretar para aproveitarem as oportunidades, 8 homens a darem o "litro" uns pelos outros, em nome dos nossos valores da nossa jaqueta! Olharem para estes momentos e pensarem “um dia, quero ser eu a fazer isto”, sonhem, trabalhem, preparem-se, mentalizem-se, pois estes momentos existem e um dia se merecerem vão passar pelas vossas mãos, terão é de estar preparados para os agarrarem! Em conclusão, tivemos 2 momentos/pegas muito importantes do GFAS, uma com eficácia e brilhantismo como tanto se quer, outra menos eficaz (não por erros, mas sim porque o oponente outra coisa não permitia), mas de enorme valentia e predisposição de todo o Grupo, era necessário por “a carne toda ao lume” e não sentimos hesitações, os homens das ramagens assim o fizeram! Seguiu-se um agradável jantar na Casa das Enguias, em sala partilhada com mais Clientes, factor que não consentiu os habituais discursos. Resta-me agradecer mais um convite do nosso Cabo Diogo e desejar as rápidas melhoras do Jorginho e do José Fialho (que também se magoou no 2º toiro). Abraços e Bjs. JP Seixas Luis  
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