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Festejei o nascimento da minha filha com o Grupo de Santarém

 

Esta foi uma corrida com um sabor especial para mim, pois tinha nascido na véspera (dia de São Pedro) o meu quarto filho, mais propriamente a Maria da Luz. Assim sendo, aproveitei para festejar com os meus amigos do Grupo de Santarém.

Foi com agrado que recebi o convite do Diogo, para acompanhar o Grupo na trincheira e fazer a crónica da corrida.

Touros de Maria Guiomar Cortes Moura, com uma média de 590kg, três para quatro anos e na sua maioria com boa apresentação, ou seja, nem muito gordos nem muito magros e com caras razoáveis.

Os toureiros Rui Salvador, Diego Ventura e Francisco Palha e os Grupos de Santarém e Évora.

A praça estava quase cheia, tirando algumas cadeiras vazias nos sectores mais caros e nos lugares mais altos.

O nosso primeiro Touro, com 590kg, foi toureado pelo Rui Salvador, que fez uma lide normal, sem grande espectacularidade, mas com o touro sempre ligado ao cavalo, como aliás todos os touros da corrida estiveram.

A pega deste primeiro esteve a cargo do Luís Sepúlveda, que tal como os seus companheiros que pegaram esta noite, se estreou a pegar no Campo Pequeno. O “Luizinho”, com mais de meia praça e com os ajudas encostada às tábuas, teve que subir aos terrenos do touro, esteve sereno, a mandar, e bonito no cite, fazendo uma boa pega à primeira, com primeiras do Nelson e com o restante grupo a ajudar bem. O touro veio pelo caminho dele, sem fazer muito mal, mas contudo empurrou até às tábuas.

O segundo touro da noite e primeiro do Grupo de Évora, foi toureado pelo Ventura, que fez uma boa actuação, pois os touros prestavam-se bastante a isso, se assim se soubesse tirar partido.

Foi pegado à primeira tentativa, pelo Bernardo Patinhas (Cabo), que brindou a pega ao Diogo Sepúlveda, onde acho que desejou as suas melhoras e breve regresso ao activo.

Para quem não sabe, o Diogo está lesionado do ombro e anda em fisioterapias, que diz ele estão a terminar, necessitando de seguida de trabalho de ginásio para fortalecer os músculos.

O terceiro touro da noite, foi toureado pelo Francisco Palha, que a meu ver esteve tão bem ou melhor que o Diego Ventura, pois fez uma lide alegre e a aproveitar o touro, mas menos espalhafatosa que a do Luso-espanhol, que embora faça lides espectaculares e tenha os cavalos muito bem arranjados, acaba por se exceder um bocado nos festejos.

A pega deste touro coube ao João Brito “Pauleta”, que fez uma boa tentativa também à primeira. O Pauleta esteve à frente do touro como muitos forcados mais experientes às vezes não sabem estar. Toureou o touro desde que meteu o barrete até que o pegou e foi igualmente bem ajudado, tanto na primeira ajuda do Nelson Ramalho, como pelo restante grupo, que fechou bem cá atrás junto às tábuas.

O quarto touro que saiu igual aos restantes, tanto de apresentação, como de bravura, coube ao toureiro Rui Salvador e depois deste, foi pegado à primeira tentativa pelo forcado do Grupo de Évora, Manuel Rovisco.

O Rovisco fez uma boa pega, com uma aparatosa cambalhota do touro, que quase caia em cima do primeiro ajuda. Infelizmente acabou por magoar o forcado da cara, tendo este saído em ombros, penso eu que com a perna partida.

Desejo rápidas melhoras ao Manuel Rovisco.

O nosso último e quinto da corrida foi toureado pelo Diego Ventura. Sem dúvida que é bom toureiro e que mete os cavalos a tourear, tal como de capotes se tratassem, ainda que os capotes não mordam os touros, coisa que o seu cavalinho também faz.

A pega coube ao João Goes, a quem tiro o meu chapéu. O Góes soube aproveitar a arrancada repentina do touro e conseguiu mandar nele alegrando-o fazendo assim uma boa pega ao primeiro intento.

O touro veio até às tábuas e todo o grupo ajudou bem.

Um abraço aos ajudas mais antigos de quem às vezes não se fala e que cumpriram bem o seu papel… Nelson, Féria, Pedro, Almeida, Falcão, David, Ricardo, Ruizinho, etc…

Em suma, penso que foram 3 boas pegas à primeira, nas quais os touros não ofereceram muita dificuldade, mas que também fazem falta aos forcados, para confiarem e carregarem baterias.

O sexto e último touro foi toureado pelo Palha e foi pegado igualmente à primeira tentativa pelo meu parente António Alfacinha do Grupo de Évora. Teve ainda uma boa primeira ajuda do “velho Mata Lobos” que acabou por sair lesionado. Quando digo velho, refiro-me ao facto de realmente ele não ser um rapaz novo e também ao facto de ele ser forcado há cerca de 20 anos.

Um grande abraço aos forcados do Grupo de Évora que se magoaram nesta corrida bem como na véspera no São Pedro em Évora e que tenham rápidas melhoras.

A melhor parte foi a que se seguiu com uma voltinha pelos bares da praça, na qual reencontrei alguma rapaziada que não via há tempo (Caloca, Soares Cruz), seguida duma boa jantarada no Luís Suspiro.

Este jantar teve a presença de rapaziada mais velha que acabaram por discursar e tornar a noite ainda mais agradável e mais longa. De salientar a boa disposição que lhe mereceu a camisola amarela, do Nuno Varandas.

Queria aproveitar ainda para mandar um grande abraço ao Filipe Falcão que fez nesta corrida a sua despedida como forcado, pois vai partir para Angola. Que tenhas muita sorte nesta tua nova etapa e que te corra tão bem como penso que correu a tua passagem pelo nosso Grupo.

Depois tantos discursos, acabámos por sair do jantar por volta das seis da manhã.

Aproveitei o quarto que o Grupo tinha no Hotel Berna e fui mais o Pedro Féria para lá, tendo eu ficado a passar pelas brasas e o Féria seguido para Almeirim onde tinha uma reunião de trabalho. Um grande abraço para o Pedro e que seja um excelente Padrinho de baptismo da minha filha mais nova.

Por volta das 10 horas da manhã, reencontrei-me com os resistentes que estavam a beber mais umas imperiais num café junto à praça e nos quais se encontrava o nosso Cabo. Fiquei surpreendido, pelo facto de eles poderem estar àquela hora e com aquela boa disposição num café destes que estão junto à praça, até porque segundo me contaram, parece que há meninos de outros grupos, que passam por ali depois das corridas e provocam distúrbios. Também por isso, quem ali estava percebeu que se tratava de forcados do Grupo de Santarém, ficou a saber por que é um Grupo diferente de todos os outros.

Para acabar, um grande abraço a todos e em especial ao Manuel Roque Lopes, pois atravessa um momento complicado na sua vida e espero que o nosso Grupo o consiga ajudar a superá-lo. Os meus sentimentos Manel.

Pelo Grupo de Santarém venha vinho…

Luís Assis

Fotografias

http://www.tauromania.pt/noticias_detail_gallery.php?typ=reportagens&aID=6428

http://www.taurodromo.com/galerias/302/fotos-da-corrida-flash-2011-campo-pequeno.aspx

http://www.toureio.com/Campo%20Pequeno%2030%20de%20Junho/index.html

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