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Póvoa de Varzim ? as dificuldades não vêm ao quilo

Foi no passado dia 7 de Agosto que o nosso Grupo rumou ao norte do País para mais uma actuação, desta feita na Póvoa de Varzim.  No cartel anunciava-se seis cavaleiros (Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, Vitor Ribeiro, Filipe Gonçalves, Marcelo Mendes e João Maria Branco) e toiros Sommer d'Andrade que seriam pegados pelos Amadores de Santarém e de Tomar.

Rodeados pelo ambiente festivo e alegre que se costuma sentir das gentes do norte,  corrida teve vários pontos de interesse, talvez o principal seja a agressividade e incómodo que toiros entre os 420kg e 520kg impuseram a cavaleiros, forcados e bandarilheiros.

Para o que abriu praça, o Diogo mandou à cara um forcado de corpo pequeno mas com grande alma, valentia e vontade, António Imaginário. O toiro tinha 420kg mas engane-se quem pensar que era o chamado “badano”. Desde o início da lide o toiro mostrou o que iria fazer, parar-se e bater bem lá em cima e com uma violência que podemos retratar como “os toiros de antigamente”, lembrados com nostalgia por antigos forcados do nosso Grupo. Na primeira tentativa o António fez tudo bem e aguentou barbaridades com o toiro a derrotar no 5º andar e vir abaixo consecutivamente, obrigando os ajudas a recuperarem terreno. Esta tentativa tinha tudo para ser um pegão, mas o António ficou montado em cima do toiro, e para que não houvesse duvidas, foi-se ao toiro mais duas vezes até que o forcado da cara estivesse devidamente acoplado ao toiro.

Para o segundo toiro da tarde, saltou para a cara o forcado António Gomes Pereira, que já não pegava há algum tempo. Como sabemos o António é um forcado com todas as condições para pegar muitos toiros pelo GFAS, pois o instinto que demonstra em frente dos toiros é magnífico. Se fisicamente estivesse na “forma” como costuma estar em frente dos toiros, seria um caso sério… voltando á pega: este terceiro toiro da corrida, com 470kg, dava boas indicações para uma pega para confiar, arrastava a cara pelo chão perseguindo os capotes, tinha recorrido e era codicioso no cavalo, isto sem ser “babosão”, pois foi num “ai” que pôs Tito Semedo e o seu cavalo no chão. Na primeira tentativa o toiro mal viu o António arrancou-se como um foguete, com uma investida bonita e de bravo, o bravo encastado que encanta os touristas, nesse momento penso que o António não marcou bem a investida ao toiro, vindo este solto, e com uma reunião um pouco precipitada e pouco energética, a tentativa saiu falhada. Já na segunda tentativa com o toiro a deixar-se mandar a história foi outra, e o Gomes Pereira fez tudo bem feito e pegou o toiro com boa reunião e com o grupo a ajudar bem.

Para último toiro do nosso Grupo o Diogo escolheu uma modalidade de pega que há 96 anos que se pratica no GFAS como uma pega normal e não só de recurso. Para pegar o toiro, saltaram o José Manuel Carrilho e o David Romão (o David a “desmamar” mais um possível cernelheiro no GFAS). O toiro com 485kg, tinha comportamento muito semelhante ao do primeiro, mas talvez ainda daria mais trabalho para o pegar de caras. O Carrilho e o David transmitiram calma, a andaram sempre juntos a comunicar bem, e na altura devida (com o toiro encostado as tábuas e com os cabresto a a passarem junto a este) entraram ao mesmo tempo e decididos,  sendo uma pega de cernelha com mais valor e técnica do que uma pega de cernelha vistosa. Que seja a primeira de muitas Zé Manel!

Os amadores de Tomar também tragaram da dureza dos toiros Sommer pegando á 3ª, 3ª, e 2ª tentativa.

Já no jantar, depois da meia noite, relembramos o aniversário do nosso Grupo e vivemos momentos muito bons de amizade, quem lá esteve divertiu-se e emocionou-se com certeza!

A próxima corrida é já dia 13 na Idanha, com 6 toiros para serem pegados em solitário pelo GFAS, mais um passo importante na nossa época com certeza!

Pelo Grupo de Santarém,

Venha vinho!

Venha vinho!

Venha vinho!

António Grave Jesus

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