Foi com muito agrado que recebi um telefonema do nosso cabo a convidar-me para assistir à corrida de abertura da temporada no Campo Pequeno. Mais contente fiquei, quando cheguei à Praça e soube que iram estar junto do grupo na trincheira comigo o Miguel Navalhinhas e o João Cabaço, companheiros de muitas corridas durante a minha curta passagem pelo GFAS. A praça estava composta, talvez chegasse aos ¾ de casa e olhando para as bancadas dava para perceber que se tratava de uma corrida televisionada, condimento que tornava ainda mais importante esta corrida. O curro Palha saiu bem apresentado com uma média de pesos a rondar os 550 Kg. Para o primeiro da noite, o Diogo escolheu o Pauleta (AKA João Brito) e escolheu muito bem, pois é cada vez mais uma referência do Grupo e um forcado que dá todas as garantias a um Cabo. Depois de brindar ao público, coloca o barrete e começa a citar encostado às tábuas. Com um cite bonito foi avançando devagar tentando sempre que o touro ficasse consigo, que parecia difícil pois este ia-se resguardando junto às tábuas. À medida que os terrenos se encurtaram o toiro finalmente se centrou com o forcado e mal foi carregado investiu. O Pauleta aguentou o touro e recuou muito bem tendo recebido o touro com alguma pata fechando-se à córnea, no entanto o touro fez toda a viagem com a cabeça por baixo o que dificultou as ajudas e quando chegou às tábuas sentiu-se solto e tirou o forcado da cara. A segunda tentativa foi feita com o touro fora das tábuas, no entanto este revelou-se mais difícil de investir e obrigou o Pauleta a pisar os seus terrenos. Depois de carregar o touro tem mais uma vez uma boa reunião e é muito bem ajudado pelo Nélson até chegar ao resto do grupo para se consumar a pega. Para o terceiro da noite foi escolhido o João Torres que se colocou no meio da Praça e mal o touro o sentiu, investiu prontamente, tendo o João começado a recuar e recuou tanto que se desequilibrou não tendo por isso tido a reunião mais correta. Foi pena, pois se o João tivesse tido mais calma, tendo aguentado mais o touro e recuado melhor, talvez sacasse uma pega monumental. Aparentemente parece que esta primeira tentativa falhada lhe fez bem, pois o João partiu para o touro muito mais calmo, citando com bastante calma, mandando no touro e recuando muito bem. Teve uma reunião difícil, mas nem isso, nem os muitos derrotes que o toiro deu foram suficientes para ultrapassar a enorme vontade que o João teve de ficar na cara do touro e consomar a pega à 2ª tentativa. Apesar de o touro ter fugido um pouco do grupo, as ajudas conseguiram corrigir e fecharam-se bem cá atrás. Boa Pega que conseguiu a ovação da noite. O quinto da noite coube ao João Goes (por sinal o terceiro “Jan” da noite). Um touro que indiciava poder dar a pega da noite, mas o João esteve tão bem que lhe tirou toda a maldade e consumou a pega à primeira tentativa. Boas ajudas do Grupo, com especial destaque para a primeira do Nelson. E assim se fechou a prestação do GFAS, com um balanço positivo. Esta corrida ficou ainda marcada pela despedida de um grande homem e forcado de seu nome Pedro Féria. Gostaria de deixar umas palavras de apreço ao Pedro, pois é daquelas pessoas que sempre pôs os interesses do Grupo à frente dos seus interesses pessoais. Foi com enorme prazer que pude privar com o Pedro em inúmeras corridas, mas principalmente fora delas, és um bom amigo Pedro! Espero que continues a acompanhar o Grupo pois a rapaziada mais nova tem muito a aprender contigo. Grande Abraço, Duarte Cortes |