Fui apanhado completamente desprevenido, quando à saída da Praça de Toiros de Santarém, fui como que “abalroado” pelo Diog Sepúlveda e pelo Peu Torres para fazer a crónica da Corrida. Ainda tentei esquivar-me, mas os meus argumentos não os convenceram. Assim sendo, vamos lá escrever sobre alguns dos acontecimentos que os meus olhos viram, na corrida do dia 3 de Maio em Santarém, principalmente da actuação do Nosso Grupo. Não vou entrar em pormenores técnicos pelo facto de achar que esses têm o seu “dono”. Estivemos diante de uma corrida bem montada: bons cavaleiros, um excelente curro de toiros e o melhor e mais prestigiado grupo de forcados do País. Pena foi que a afluência de público tivesse sido tão fraca! Perante um curro de toiros muito sérios da ganadaria de Ernesto de Castro, o Grupo de Santarém teve uma actuação em nada menos séria, e, para além disso muito” HONESTA”. Honesta, porque pegou como é seu timbre, ou seja, dando todas as vantagens aos toiros o que veio a proporcionar grandes momentos. 1º Toiro, soberbamente pegado à 1ª tentativa pelo João Brito, que, para mim, deixou de ser o “Pauleta” e passou a ser o “Marco Van Basten”, este sim, um ponta de lança de classe superior, o que afinal o João Brito é incontestavelmente como forcado. Mas, para o João Brito ter marcado aquele golo fabuloso, não o fez sozinho, pois teve atrás de si uma equipa também ela fabulosa e organizada. Desta equipa, não quero de maneira nenhuma deixar de enaltecer o “Hulk” das primeiras ajudas, o Senhor Nelson Ramalho, provavelmente um dos melhores 1º ajudas que vi actuar. 2º Toiro, pegado à 1ª tentativa de forma excelente pelo António Imaginário. Uma jogada à “Futre “, não se contentando em dar um nó cego, mas sim dois, fechando-se à velocidade da luz, de pernas e braços, não dando qualquer hipótese. Lá esteve a restante equipa em grande plano, mais uma vez. 3º Toiro, pegado à 3ª tentativa pelo Luís Sepúlveda, infelizmente o menos inspirado da tarde. Tenho a certeza que para a próxima estará ao nível a que nos habituou. 4º Toiro, pegado à 1ª tentativa pelo António Grave de Jesus que esteve perfeito em todos os momentos da pega. Talvez devido a este facto, o toiro ficasse desmoralizado, e não tivesse dado grande luta depois da “cueca “ que levou. 5º Toiro, pegado à 2ª tentativa pelo João Goes. À 1ª tentativa o João deixou-se fintar por excesso de ímpeto, sendo que à segunda, “mandou-lhe” aqueles bracinhos típicos, que tão bem caracterizam a família Goes. 6º Toiro, pegado à 1ª tentativa, quase perfeita, pelo João Torres Vaz Freire. Quase perfeita porquê? Porque um forcado com a experiência do meu amigo e conterrâneo João Torres, não deve permitir todas aquelas movimentações do peão de brega dentro da trincheira, dando origem àquela saída completamente solta do toiro. Podia ter dado mau resultado. Desculpa-me a ousadia! Conclusão: Mais uma bela tarde à Grupo de Forcados Amadores de Santarém! Venha Vinho Venha Vinho Venha Vinho Vasco Fernandes ("Becas") (fotografia retirada daqui: http://forcadoamador.blogspot.pt/2012/06/amadores-de-santarem-brilham-frente-aos.html#more) Mais fotografias em: http://www.taurodromo.com/galerias/572/imagens-da-corrida-de-santarem-3-de-junho-2012.aspx ou em http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150855153661953.395844.314897361952&type=1 Vídeo da Corrida em: http://www.youtube.com/watch?v=ogxiivGCO-I&feature=youtu.be |