Home | Notícias

Notícias

Simplesmente...

O Nuno Megre como homem tem como maior virtude ver sempre o lado bom das pessoas. Não se limita ver conforme elas aparentam ser. Tenta sempre procurar o seu lado positivo e isso torna-o uma pessoa singular e genuinamente boa.

O Nuno Megre como forcado era simplesmente o melhor. Tinha uma intuição enorme, uma condição física extraordinária, tudo isto conciliado com uma vontade gigante de pegar. Tudo nos toiros lhe parecia natural. Pegar para ele era um acto em que demonstrava enorme prazer e naturalidade.

Uma das muitas historias que passei com o Nuno foi uma corrida em Vila Franca numa Terça feira em 73, era a corrida mais importante da feira. Toureavam o Batista e o Zoio e eram quatro toiros para o Grupo de Santarém.

No primeiro toiro da corrida pegou o Zé Lebre, eu estava a dar terceiras com o Peu atrás e com o Nuno no meio. Como era normal no Zé Lebre recuou muito com o toiro e pegou nos últimos tercios da praça. O toiro empurrou até às tábuas e o resultado foi o Nuno Megre desmaiado no chão e nós com o toiro pegado à primeira. Seguiu-se a corrida com os dois seguintes toiros pegados à primeira pelo Tancredo e pelo Luis Sepúlveda que partiu um pé. O último toiro quem pegou foi o inevitável Nuno Megre para acordar. Realizou uma enorme pega e o grupo deu a volta à praça no final. Daí se vê como ele era disponível física e mentalmente.

Como ex cabo e ex forcado tive o enorme privilegio de pegar com o melhor forcado que alguma vez existiu, e tenho a sorte de o ter como um grande amigo.

 

Carlos Empis

 

Santarém 1980, Toiro Palha - alternativa de Paulo Caetano

 

Santarém 1983, Toiro Pinto Barreiros - Cernelha com António Cachado

 

Cartaxo, 1 de Novembro de 1977

 

1971, jantar do Grupo de Santarém - Cabo José Manuel Souto Barreiros

 

 

Em Santarém com o Peu Torres, Carlos Empis e Luís Sepúlveda

Voltar
Siga-nos no Facebook