Era uma corrida especial, pois era a homenagem ao meu pai, e tanto para mim como para todos os que o acompanharam nestes anos, queríamos estar presentes de forma a homenagear o grande forcado que foi mas acima de tudo homenagear a sua forma de estar, a sua humildade e a generosidade que sempre teve independentemente de quem fosse. Para abrir foi o Diogo, brindou ao meu pai de forma emocionada, um toiro tardo de investida e com a córnea um pouco fechada. Devido à segurança que o Diogo nos transmite o único problema que aparentava existir era o facto de se ia caber ali ou não, não foi resolvido logo à primeira devido à investida descomposta do toiro, mas à segunda o Diogo bem, não teve problemas em consumar a pega. Para o 2º toiro foi o "Pauleta" (João Brito), um toiro mais franco, esteve bem a citar, a reunir e com alma se fechou aguentando tudo o que havia para aguentar até o grupo chegar para ajudar, fez sem duvida uma grande pega que merecia duas voltas à praça, dá gosto de ver a calma e intuição com que faz tudo. Saltou para fechar o "Jorginho" (António Imaginário), um brinde sentido a outro grande forcado, Luís Gameiro. Era a meu ver o toiro com uma investida mais violenta, e quando se tem um peso pluma só temos duas hipóteses, ou recuamos o suficiente para nos sacarmos aquela mangada ou temos que ser muito rápidos a fechar. Acho que na primeira tentativa aconteceu a 1ª hipótese e na segunda tentativa aconteceu a 2ª, à terceira bem, pegou com o toiro a pedir contas e o grupo mais uma vez a ajudar de forma irrepreensível. Agradeço o convite para a trincheira, que assim permitiu-me estar ao lado do meu pai neste dia que ele tanto merecia. Pelo Grupo de Santarém Venha Vinho!!
Obrigado e um Abraço Nuno Megre Homenagem a Nuno Megre e Simão Comenda no início da corrida |