Hoje esteve o Grupo de Forcados Amadores de Santarém a treinar em Galeana. Nunca fui grande adepto de treinos numa actividade tão perigosa como a de pegar. Mas é sempre com grande satisfação e, porque não dizer, alguma emoção que recebo quem considero uma extensão da minha família. Dizem que a nossa alma é memória, acredito que sim e então hoje alimentei a minha alma de gestos, de silêncios, de palavras, de expressões e como não, de ambições genuínas de pureza taurina que, desde logo, me encheram de alegria o coração que deve estar bem pertinho da alma... Matei saudades da amizade que alastra à desfilada por aqueles peitos que querem ser o centro dos abraços que com tanta galhardia envolvem as vacas e depois os toiros nas arenas. Vi, com uma ponta de orgulho a educação, a postura, a atitude de homens novos, mas que transportam valores antigos que, por tanto rarearem, por vezes nos inquietam. E, com certeza não o mais importante, vi-os com uma capacidade a todos os títulos notáveis, de pegarem vários tipos de vacas o que de certa forma nos tranquiliza em termos de saber o que devem fazer diante dos toiros. E tudo isto com um leader, um homem maduro, um cabo que não se esquece de nenhum pormenor, que corrige exemplarmente os desempenhos de cada um, com confiança, com determinação e sabedoria. Muito obrigado Diogo Sepúlveda, muito obrigado Grupo de Santarém pelo banquete que serviram à minha memória que, hoje sem dúvida, dormirá com a minha alma! Joaquim Grave Galeana, 25 de Maio de 2013 |