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GFAS à Beira-Sado

Em terras de Luísa Todi, Barbosa du Bocage e Choco Frito, passou-se no Sábado dia 3 de Agosto às 22h00 uma simpática corrida de toiros em que todos os intervenientes tiveram nota positiva.

O Público respondeu ao repto e encheu mais de meia Praça. A Praça esteve à altura e apresentou-se toda catita, bem iluminada, a arena impecável, a banda afinada.

Os Toiros da ganadaria Cunhal Patrício saíram bonitos, num lote homogéneo de 450 Kg de média, cumprindo respeitosamente a sua função.

Os Cavaleiros Vítor Ribeiro, João Moura Caetano e João Ribeiro Telles estiveram também a bom nível, mostrando 3 quadrilhas de cavalos de excelente qualidade e colocando bons ferros que levantaram a praça mais de uma vez.

O Grupo de Forcados Amadores de Alcochete teve uma noite de sucesso pegando os 3 toiros à primeira tentativa com simplicidade e destreza.

Finalmente, o GFA Santarém.

O 1º toiro foi entregue ao João Grave, forcado “low profile”, sereno mas decidido. (João, nunca te esqueças que estas qualidades eram a imagem de marca de muitos dos maiores forcados do GFAS. Faz por mantê-las sempre.) O João encontrou um toiro também low profile, sendo que o estoicismo do toiro esbarrou no estoicismo do João e isso levou a que a pega se mantivesse num impasse nos primeiros minutos (Às vezes há que dar um berro para as coisas acontecerem). Quando finalmente o toiro investiu, a pega saiu com naturalidade à primeira tentativa. Actuação eficaz dos 8 elementos do grupo.

O 3º toiro, 2º do GFAS, foi entregue ao João Manso, forcado que eu não conhecia e que se estreava a pegar pelo grupo (João, desejo-te toda a sorte do mundo e lembra-te sempre que tens no exemplo e nas palavras do Diogo e dos outros forcados mais velhos do grupo, tudo o que precisas aprender para seres o que ambicionas). O João esteve sempre muito determinado e valente mas teve pela frente um toiro que nunca se fixou e que arrancou sempre solto, impedindo que se cumprissem todos os tempos da pega. Uma má reunião na 1ª tentativa e uma saída ingrata da cara do toiro na 2ª tentativa, quando a pega já parecia consumada, obrigaram a que a pega apenas se concluísse ao 3º ensaio, desta vez sem dificuldades de maior.

O 5º toiro, 3º do GFAS, foi pegado por outro forcado que eu não conhecia, o Henrique Ferreira, e que pegava o 2º toiro pelo GFAS (Henrique, desejo-te também muita sorte nesta nova cruzada). Como diria o decano dos treinadores, Jorge Jesus, foi “limpinho”. As coisas bem feitas, com tranquilidade e com decisão, levaram a uma boa pega à 1ª, naquela que terá sido a mais bem conseguida das 3 pegas do grupo.

Mas neste dia de Agosto, entre as 2 da tarde e as 2 da manhã, passou-se muito mais. Passou-se um tranquilo almoço em família no Casalinho antes do reboliço da tarde. Passaram os mais variados mergulhos pela piscina do Casalinho, todos de alta nota artística, executados pelo Zé Luis Seabra.

Muitas caras foram passando também durante a tarde, umas novas, outras nem tanto, outras sempre presentes (claro que estou a falar da tia Bindes!). Passaram-se e repassaram-se febras e entremeadas na grelha da piscina pela mão do tio Peu (Sim, porque um Comendador também sabe virar febras…).

Passaram lembranças do avô Xico, sentado à mesa da piscina, em tardes de corridas de outros tempos e outras gerações do GFAS. Passou-se um carinhoso brinde do João Grave à nossa avó Tatão, muito apreciado pela homenageada. Ainda passou pelas goela uma bifana e um Sumol, às 2 da manhã à beira Sado, antes da malta arrancar em direcção à Idanha para outra jornada.

E por tudo isto vai passando o Grupo de Santarém, num movimento contínuo de regeneração que o eleva da efemeridade das coisas do nosso tempo para o tornar uma constante na vida de tantas gerações.

Um abraço,
Kiko Sepúlveda

 

Nota do autor: Francisco Sepúlveda escreve à antiga Portuguesa e não à Brasileira.

Veja o vídeo da corrida aqui:


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