O título da crónica baseia-se em palavras ditas pelo Diogo Sepúlveda, na RTP1, na noite da corrida. Foi de facto uma noite de emoções: brindes especiais, ao Joaquim Galinha, esse grande aficionado do grupo de Santarém e que, com amizade, em muito contribuiu, durante os últimos anos, para festas, encontros e outras atividades do GFAS. Foi também emotivo o brinde do João Torres, ao Grupo de Montemor, em memória do Zé Maria Cortes. As emoções da noite ficaram ainda marcadas pelo episódio vivido no toiro do João Torres. Primeiro ficou desmaiado, depois os bombeiros de serviço, após investida do toiro na sua direcção, deixaram-no cair ao chão e acabou por se levantar, “arrancando” o colarinho cervical, e citando outra vez esse Passanha de quase 600 kg sem olhar para trás. Obrigado João Torres por mais um testemunho de valentia e raça, bem à imagem daquilo que é ser-se forcado do GFAS. Quanto ao resto da corrida, foram lidados 3 toiros Fernandes de Castro e 3 Passanha, pelos cavaleiros João Moura, Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, Victor Ribeiro, Marcos Tenório e Jacobo Botero. A segunda parte da corrida foi mais divertida no que toca a lides a Cavalo. Gostei especialmente de ver o Victor Ribeiro e o miúdo Colombiano, Jacobo Botero, o primeiro pela verdade dos ferros e da lide o segundo pela relação criada com o público e vontade de triunfar em Lisboa. Os toiros, de uma forma geral, não foram bons nem bravos. Para os cavaleiros, os toiros que talvez mais tenham colaborado fossem o primeiro Fernandes de Castro e o Segundo Passanha. A corrida foi pegada pelos Grupos de Santarém e Montemor. Os toiros, pediam experiência e garra, e foi desta forma que os grupos tiveram. A minha visão das pegas: O primeiro foi pegado pelo João Brito “Pauleta”, uma vez mais mostrando que tem uma habilidade para pegar muito acima da média. Toiro com investida pouco franca mas o Pauleta esteve muito bem, à frente dele, e concretizou com muita calma à primeira tentativa. O segundo toiro do GFAS foi pegado à 3ª tentativa pelo João Goes. Vinha de uma lesão, facto que talvez tenha contribuído para uma primeira tentativa menos boa, mas estando muito melhor e com muita raça nas duas que se seguiram, onde o toiro, sendo o mais chato e manso da noite, exigiu um forcado a sério. O último da noite, foi pegado pelo João Torres Vaz Freire, que começou em grande com um brinde, onde faço dele também as minhas palavras, desejando sorte ao novo cabo do grupo de Montemor e em memória do nosso amigo Zé Maria Cortes. Esteve bem à primeira tentativa, apesar de não ter conseguido pegar um toiro com uma investida violenta que fugiu ao grupo, na segunda tentativa, depois do episódio descrito em cima, esteve, ele e o grupo, muito bem a resolverem as coisas. Seguiu-se um jantar na Mercearia Vencedora, um dos restaurantes da praça do campo Pequeno, onde, uma vez mais, foi o grupo muito bem recebido. Ali fomos ficando até as 7:30 da manha à conversa e a divertir. Isto de ser emigrante tem essa parte boa, quando estamos cá temos disponibilidade para fazer quase tudo! Obrigado ao Diogo e ao grupo pelo convite para a corrida e para o jantar. Um abraço e ate breve, Tancredo Fotografias da corrida em: http://www.taurodromo.com/galeria/2013-outubro/1168-campo-pequeno-corrida-de-gala-a-antiga-portuguesa http://www.solesombra.net/ultima-do-campo-pequeno-em-imagens/ http://www.naturales-tauromaquia.com/fotos/gala2013/ Video com o resumo da corrida (Faenas TV): https://www.youtube.com/watch?v=OG27SV62XUI |