Primeiramente, gostava de agradecer ao Diogo Sepúlveda a oportunidade de poder marcar presença na trincheira ao lado do grupo, depois de ter-me afastado (apenas fisicamente) do nosso grupo por 6 meses, durante os quais estive a estudar em Santiago do Chile. Tinha muitas saudades de estar com todos, adorei estar convosco nesta corrida que mesmo não fardado me fez ter picos de emoção e subir a adrenalina. No que toca à corrida de toiros, o Grupo de Forcados Amadores de Santarém partilhava cartel com os cavaleiros António Ribeiro Telles, João Moura Jr., e João Maria Branco para lidar 6 toiros da ganadaria Romão Tenório. À nossa direita, no capítulo das pegas, estava o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa. Se pelo cartel a corrida já seria de compromisso, este maior seria quando nos apresentamos numa praça muito querida ao GFAS, onde se sente a presença de bastantes antigos forcados e seguidores do nosso grupo. O primeiro toiro, lidado por António Ribeiro Telles e pesado com 560kg, saiu um pouco manso e a procurar um pouco as tábuas, o que complicou a lide ao cavaleiro da Torrinha. Para a cara, o nosso cabo optou por António Taurino, que brindou a sua pega ao público presente na praça. António que esteve bastante calmo perante um toiro que saiu por si a chouto e ao qual o ele soube alegrar e aguentar, fechando se bem tanto de braços como de pernas. Ajudas impecáveis a fechar, sendo a pega efectuada à primeira tentativa. Para o terceiro da ordem e nosso segundo toiro, que acusou 530kg e foi lidado pelo João Maria Branco, que perante si encontrou um oponente bem mais disponível e que transmitia bem mais que o nosso primeiro toiro, conseguindo provavelmente aquela que foi a lide da tarde. Desta feita, o eleito a pegar foi o Salvador Ribeiro, que brindou o toiro ao Bernardo Bento, o nosso ‘’Babazinho’’, uma pessoa cujo amor, dedicação e disponibilidade ao grupo é enorme. Na primeira tentativa, o toiro saiu mais uma vez mal se voltou das tábuas mas desta vez já alegre, com o Salvador talvez a não aguentar o que devia, mas ainda assim a fazer uma boa tentativa. Já na segunda tentativa, e aproveitando que o toiro não saiu espontaneamente, o Salvador foi toureiro no cite, mandou vir o toiro, aguentou e recuou bem e mesmo sem uma reunião perfeita foi ‘’brigão’’ e andou a procura de corno para lá ficar. O nosso último toiro, quinto da contagem, entrou em praça com 595kg e foi lidado por João Moura Jr. Ao cavaleiro saiu o pior do lote, um toiro que se fechou em copas e que praticamente não olhou para o cavalo a lide inteira. De salientar o esforço e valentia que João Moura Jr. teve em não desistir da lide. Com uma escolha difícil em mãos para o nosso cabo, surge a predisposição do José Miguel Carrilho, que se ofereceu para pegar um toiro que se apresentava inteiro para a pega. Foram então José Miguel Carrilho e Miguel Tavares cernelhar e rabejar aquela ‘’rolha’’, respectivamente. Depois de muito correrem e de duas tentativas de cernelha, em que na segunda o toiro quase esteve pegado; o Diogo com o pesar do factor tempo e dos dois estarem exaustos mandou à dobra o Ruben Giovety, que concretizou a dobra à segunda tentativa, com uma grande primeira ajuda do Manuel Quintela. Depois da corrida, o grupo jantou no restaurante ‘’Casa Havanesa’’, com a presença de alguns antigos forcados e amigos do GFAS, num jantar com poucos cânticos por se tratar de um ‘’jantar outdoor’’, mas com muita animação… Por fim, gostava de agradecer ao Bernardo Bento e à sua família, que nos doou a sua casa para nos fardarmos e ‘’tirar um petisco’’ antes da corrida. Pelo GFAS rumo ao Centenário, Venha vinho! Duarte Mendes |