Crónica da primeira Corrida da Época do Centenário
Praça de Toiros Celestino Graça, 22 de Março de 2015
Começou o Centenário!
Um ano depois de deixar Portugal rumo à Austrália, foi com enorme felicidade que voltei a sentir aquilo que já tinha saudades. Estar com o nosso grupo e assistir a uma corrida de toiros.
Foi um ano em que estive longe dos meus amigos e família, mas onde fiz novas amizades e muitas novas experiências que irei guardar para sempre. Tal como já foi dito por pessoas que também viajaram por algum tempo, não houve um único dia em que não pensasse no nosso grupo e nos amigos que cá ficaram. É bom estar de volta!
Dia da primeira corrida para o nosso Grupo, que este ano entra na tão esperada época. Aquela com quem nós actuais, antigos e amigos sonhamos há já tanto tempo. A época do Centenário!
Tempo não muito convidativo, mas que ainda assim levou cerca de 3.000 pessoas à praça.
O cartel era composto pelos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Luís Rouxinol, Tiago Carreiras, Marcos Bastinhas, Ana Rita, Luís Rouxinol Jr. e Mara Pimenta, sendo os toiros das ganadarias António Silva, Lopes Branco, Branco Núncio e Silva Herculano. Repartia cartel com o nosso grupo, o Grupo de Vila Franca de Xira.
Para o primeiro toiro foi escolhido o nosso João Grave. Devido à sua córnea extremamente fechada, este era um toiro que pedia uma reunião 100% perfeita e foi isso que aconteceu na primeira tentativa. Reunião perfeita com o João a aguentar o primeiro derrote, mas depois, por falta de força do toiro, este parou-se e voltou para trás não dando hipótese ao grupo de chegar a tempo para ajudar. Na segunda tentativa o João não conseguiu reunir como na primeira e teve de lá ir outra vez para resolver. Congratulations mate, foste o forcado escolhido para abrir a tão esperada época e podes orgulhar-te disso. Bem o grupo a demonstrar coesão nas ajudas.
Para o nosso segundo toiro da corrida saltou o David “Grimi” Inácio. Forcado que o ano passado deu um enorme salto e que neste momento já é uma peça muito importante para o nosso Grupo.
Cite tranquilo e bonito, o David carregou o toiro quando quis e fê-lo tão bem que o toiro vinha com uma pata que me fez uma certa impressão. Do they run always this fast? Pensei eu! Já não me lembrava do quão rápido os toiros veem. A ideia que eu tenho é que o David fez tudo bem, mas que na reunião o toiro partiu um dos cornos, ou a embola ficou solta não tendo sitio para se agarrar. Isto motivou a que o Sr. Director de corrida desse o toque para que o toiro fosse recolhido. A partir daqui não há muito para contar, o David fez o que é pedido e foi lá mais duas vezes.
Para o terceiro foi o Toni Goes. Forcado que no fim do ano passado se começou a revelar e bem. O António começou a citar e eu pensei Where did all that style come from? Ui! Que diferença que aqui vai. Cite bonito, mas na altura do carregar talvez se tenha precipitado um pouco pelo que teve que ir ”Às silvas”. Mesmo assim esteve à Grupo de Santarém e apesar da reunião não tendo sido perfeita agarrou-se com unhas e dentes e não mais largou. O toiro fugiu ao grupo, mas mais uma vez os ajudas não vacilaram e fecharam mais uma pega.
Para o último toiro da corrida foi o regresso do nosso Luizinho Sepúlveda. Após mais de dois anos de lesões o Luís voltou como se nada fosse. Cite bonito como sempre, convincente no carregar, artista no aguentar e recuar, eficaz na reunião e na viagem. Posso dizer-te Luís que a mim não me impressionaste nada. Todos nós sabemos o potencial que sempre tiveste e que tens para dar ao nosso Grupo.
Keep up the good work mate! Destaque para a primeira do Duarte Mendes que com o toiro a mudar de trajetória mostrou que está com o pezinho leve e não deixou passar o Luís.
O grupo de Vila Franca de Xira com quem repartíamos cartel, pegou os seus toiros à 1ª, 1ª e 3ª, respetivamente através dos caras Francisco Faria, Gonçalo Filipe e Nuno Vassalo.
A seguir à corrida houve jantar em casa do aniversariante Pedro “Mestre” Féria a quem me resta agradecer pela maneira como sempre nos recebe.
