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Uma Barra de várias cores

A segunda corrida da temporada do Centenário levou o Grupo de Santarém à praça de Montemor, no passado dia 1 de Maio.

Frente a um curro sério de Veiga Teixeira, os Grupos de Santarém e Montemor disputaram o troféu da Barra d’ouro, integrando o cartel 3 dos cavaleiros da nova vaga, João Moura Jr., Ginja Ribeiro Telles e João Salgueiro da Costa.

“Centenário”… palavra pesada, que mesmo depois de lida tantas vezes nos soa a algo irreal! Parece quase excessiva a responsabilidade que os forcados actuais do Grupo carregam aos ombros. Certo é que no meio de tanto simbolismo, esta época tem sido especial.

E o que a tem tornado especial é o entusiasmo com que todo o “universo” do Grupo de Santarém a tem acompanhado. A data redonda é talvez irrepetível, e surge inconscientemente para todos como um convite a participar, a estar presente, e a tomar consciência do impacto que a passagem pelo Grupo teve nas nossas vidas.

Por todos estes motivos, e também pelo notável trabalho de mobilização do Luís Assis, a praça de Montemor estava cheia de antigos forcados do nosso Grupo. Um grande (e audível) apoio, e uma manifestação clara de união e identidade, que tem vindo a sentir-se em todas as actividades deste início de ano.

A corrida estava muito bem montada, desde os cavaleiros aos toiros, e tinha o aliciante extra da competição entre o nosso Grupo e o de Montemor. Com estes ingredientes, esta era uma tarde que o Francisco Seabra não perderia de certeza absoluta (embora para ele o Grupo de Santarém ganhasse a Barra d’ouro logo nas cortesias…e com toda a razão claro!).

Tendo isso bem presente, o nosso cabo Diogo, e também o João Braga pelo Grupo da casa, brindaram as suas pegas ao Duarte Seabra. Os nossos corações apertaram, mas não tivemos dúvidas que o Francisco adorou a lembrança, bem instalado numa barreira-sombra lá em Cima.

Gostei muito das nossas pegas. Achei que o Diogo e o António Grave estiveram perfeitos, e o Pauleta teve uma pequena falha de comunicação com o toiro na primeira tentativa, logo emendada com categoria. Já os ajudas, quando se ajuda tão bem e “em bloco” é difícil destacar nomes, mas há que referir sem dúvida o aniversariante Nelson Ramalho e o Manel Quintela.

Não correu bem a primeira pega do Grupo de Montemor, pelo António Vacas de Carvalho, mas o João Braga e o Frederico Manzarra (curiosamente dois dos organizadores da corrida…deve ser inédito!) pegaram bem e à primeira.

Já o jantar no restaurante Monte Alentejano… foi para recordar!

Namoradas novas perdi-lhes a conta, talvez só ultrapassadas pelo número de miúdos que pediram para pegar e/ou ajudar na próxima corrida na Benedita. Forcados retirados, uma equipa de luxo: Filipe Cabral, Nuno Sepúlveda, Zé Maria Lebre, Pedro Cabral, João Canavarro, João Cabaço, Paulo Lapão, Lourenço Vinhas…. um deles até cantou o fado (adivinhem quem).

Num ambiente fantástico, houve discursos de todo o género, e também cânticos dedicados aos - 4 forcados 4 - que vão ser pais nos próximos meses. Pelo menos 2 dos bebés são rapazes, o destino deles parece estar traçado.

É mesmo um privilégio pertencer a este Grupo. Dias e noites assim fazem-nos agradecer a felicidade cósmica de um certo dia nos termos cruzado com este grupo de amigos! O sentimento é tudo menos original, eu sei, mas não deixa de ser engraçado pensar que se chega à mesma conclusão há cerca de 100 anos.

Com ou sem barra, o que o Grupo nos deu a todos vale o seu peso em ouro.

Obrigado Grupo de Santarém!

Peu Torres
04.05.2015

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