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TODO UN LUXO!

A nossa primeira actuação de 2016 foi em Mourão no passado dia 31.01.2016.

1ª Feira Taurina de 2016, composta por dois festivais, organizada pelo nosso amigo e membro do GFAS, Joaquim Grave.

No primeiro dia, cartel de figuras. Cartel de “No hay Billetes” com um ambiente fantástico nas bancadas. (Sentia-se que todos tinham ido para se divertirem e no final, todos, ou quase todos, de lá saíram com “o papinho cheio”).

1 Toiro e 5 novilhos de Murteira Grave de óptima apresentação e de comportamento díspar, mas primando de forma geral por uma mobilidade com nobreza. Excepção do 5º que foi um mais complicado.

Um toiro, negro, bem apresentado, ao qual lhe faltou força e raça, mas que por nobreza foi perfeito para Rui Fernandes. Lide limpa a roçar a perfeição.O Grupo, com o Francisco Graciosa para a cara, realizou uma pega limpa. Deixou “chegar” bem o toiro e reuniu-se, a meu ver, com perfeição. Foi a primeira vez que o vi pegar de caras e a continuar assim poderá vir a ser “importante”. No conjunto, acho que se está a ajudar muitíssimo bem; como uma lapa! Intervenção super digna numa tarde de figuras.

No final cavaleiro e forcado deram uma mais do que merecida volta ao ”ruedo”.

Já sei, depois do susto que levámos, que o Duarte tem menos do que em princípio poderíamos supor. Força Duarte! E põe-te bom depressa.

Um novilho, negro, enraçado, com mobilidade, nobre mas sem terminar de se entregar e ao qual lhe faltou ritmo. Finito de Córdoba andou em plano de “asseado” sem nunca se acoplar por completo. No entanto ainda agora me lembro de uma verónica pelo piton direito que foi de cartel de toiros. No final deu volta ao ”ruedo”.

Um novilho, colorado, “un pilin altote” que não primou nem por humilhar nem por ter um largo recorrido. Nobre como os anteriores e com mobilidade. Qualidades mais do que o suficiente para que “El Ciclon de Jerez - J. J. Padilla”, armasse com ele “la marimorena”. Lidou o novilho com suprema facilidade, conectando forte e a todo o momento com o público. E este, no final, agradecido, como têm que ser as pessoas de bem, fê-lo dar duas mais do que merecidas voltas ao ”ruedo”.

Outro novilho negro, até ao momento o que mais me agradou pelas “hechuras”. Rapidamente se viu como humilhava, como partia, como galopava e a “razita” que tinha dentro. Vi-o com dois excelentes “pintons”. Boa faena, limpa e algo exigente de Juan Bautista que o lidou sobre tudo pelo piton direito. No final deu uma volta a arena bastante aplaudida. (emocionei-me com este novilho, que conjuntamente com o lidado em 6º lugar foram de triunfo gordo).

Novilho, negro, de mais corpo e de não tão finas “hechuras” como todos os outros lidados em lide apeada. Com diferença o mais “complicaíto” do conjunto. De menos qualidade e sobre tudo com investidas mais Irregulares. “Tobillero”, por vezes brusco e a pedir todos os documentos ao matador.  Fernando Robleño, toureiro curtido nas chamadas corridas duras, ganhou-lhe a disputa e no final, tal como os seus companheiros deu uma mais do que merecida volta ao “ruedo”.

Novilho, negro, bem feito, outro que não me enganou de saída. Viu-se rapidamente o que iria ser. Nobre, com mobilidade de sobra, pedia distância e foi sempre “muy pronto”, repetiu e repetiu sempre e durou uma barbaridade. Manuel Dias Gomes esteve mais do que digno com ele e no final deu uma merecidíssima volta ao “ruedo” na companhia do ganadero, que de golpe, o convidou para o acompanhar.

No final, em ambiente triunfalista houve chamada aos médios para todos os intervenientes directos: Cavaleiro, Grupo de Forcados, Matadores, Ganadero, etc.

Enfim, acabou o festival como começou: Em Festa.

Pelo Grupo de Santarém: - Venha Vinho!,…. Venha!! (e se for bom,…………………que venha muito!)

Nota de um amigo para bons aficionados:
Na classificação final dos animais lidados, quer sejam novilhos ou toiros temos: Pitos, silencio, palmas, ovação, volta ao “ruedo” e indulto. Ao longo da vida não tenham nunca medo de valorizar os animais que vêm lidar. Ontem, por exemplo, houve dois, o 4º e o 6º da ordem que tinham merecido uma atenção especial.………………………………………………É que é tão difícil criar toiros bravos,…..

Um abraço

Quando me pediram para escrever esta crónica, creio que já sabiam de antemão que se estavam pôr a jeito para levar uma seca à Tancredo. Ora pois aqui a têm!

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