Foi no dia 25 de Abril, que a “adolescente” ganadaria Calejo Pires teve a honra de ter os seus primeiros novilhos pegados pelo nosso querido Grupo. Se a data é polémica para alguns, para nós passou a ser um marco importante e de profunda satisfação. O dia ensolarado e o vento “templado” fizeram com que os moinhos eólicos daquela zona entrassem em greve laboral e que as pessoas acudissem a uma bonita tarde de touros. Deixando uma opinião mais detalhada para os verdadeiros entendidos da “forcadagem”, como aficionado posso dizer que vi um Grupo de Santarém repleto de “saúde” e futuro. Como dizem os Espanhóis: “las prisas son para las mujeres e los malos toreros”, e o respeito que vi pelos “tempos” da pega, assim como o saber estar em praça de ambos os forcados fizeram-me acreditar que a corrida passou a ser composta por mais dois toureiros apeados para além dos que constavam no cartel. Eis que salta a praça o Francisco Graciosa, que apesar da “puberdade” da ganadaria já tinha motivos para se dar mal com ela, quando num treino em “Cabreiros” uma das nossas inquilinas resolveu maltratar este nosso amigo. Espero sinceramente que neste momento esteja acompanhada por sal grosso, uma ou duas cabecinhas de alho e que seja mais tenra no prato do que foi a investir. A bonita e eficiente pega do Francisco foi a verdadeira “chapada de luva branca” e a reconciliação esperada. Queria pedir ao Francisco que aceitasse este aperto de mão literário, e que este seja o princípio de uma bonita amizade com o nosso ferro. O Luís Seabra fez também uma pega a preceito, com uma grande ajuda do Manel Lopo que nos fez aplaudir com inevitável espontaneidade. Por último, queria agradecer ao Diogo o convite para escrever esta crónica, e dizer-lhe que tem sido um prazer ver o nosso Grupo em tão boas mãos. Se a performance do Grupo tem sido incrível ao longo destes anos, não menos incrível tem sido o ambiente fantástico que se tem vivido, e que são sem dúvida o reflexo desta exemplar chefia. Relativamente ao seu sucessor João Grave, faltam-me as palavras e sobram-me as emoções para falar da profunda admiração que tenho por este meu grande amigo. Tenho a certeza que não vai defraudar este legado, e que vai ser uma referência como cabo, assim como o tem sido para aqueles que o conhecem pelas suas inquestionáveis qualidades humanas (desculpa Joãozinho). Pelo Presente e Futuro do grupo de Santarém venha vinho! Francisco Calejo Pires |