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Estremoz, terra de bom vinho, faltou sal nos touros

Corrida da União das Misericórdias com touros oferecidos de várias ganadarias e as pegas a cargo do GFAS e do Grupo de Évora.

Mais uma vez tive o enorme prazer de receber esta nossa “família” em minha casa para se fardar. É sempre muito bom estar convosco!

Relativamente à corrida, o ponto mais negativo no meu entender, foi a fraca qualidade dos touros... Praticamente todos com muito pouca cara e pelo menos dois com muita falta de vista. Quando os touros são oferecidos já todos esperamos estes problemas. É certamente ingrato para quem comercializa um produto que demora vários anos a fazer, ter que o oferecer, no entanto, penso que a imagem dos produtores não fica muito bem vista quando o animal tem poucas ou nenhumas condições para ser apresentado. Até porque quem paga um bilhete não paga menos por os animais serem oferecidos e acaba por ver um mau espetáculo...

Quanto às nossas pegas, que é o que mais nos importa, ficaram a cargo dos forcados Francisco Graciosa (1ª), Francisco Paulos (4ª) e Luís Graciosa e Miguel Tavares numa cernelha ao primeiro intento.

O Francisco Graciosa tem vindo a afirmar-se como um dos eleitos e assim o provou uma vez mais. Fez uma boa pega à primeira tentativa e foi bem ajudado pelo Pedro Dias Ferreira (nas 1ªs), bem como pelo restante grupo.

O terceiro touro (da ganadaria de Paulo Caetano) era um touro que além de ter pouca cara, tinha muita falta de vista. O Francisco devia ter falado mais ao touro, principalmente na primeira tentativa, que lhe passou ao lado. Na segunda tentativa sofreu um derrote mais violento, tendo sido despejado. Na quarta, com ajudas mais carregadas, resolveu a questão. Francisco, ou “Chupa Cabras” (como és conhecido), não desanimes, pois, no meu fraco entender, estás no bom caminho e se te descuidas ainda pegas outro no próximo Domingo.

Para o nosso terceiro, um Charrua com pouca cara que estava magoado não tendo o cavaleiro Luís Rouxinol Jr termidado a sua lide, por ordem do Exmo. Senhor Director de Corrida, acabou por saltar para a arena, uma dupla de cernelheiros feita à pressa, mas com ótimo resultado. Além de ser a primeira vez que o Luís pegava, o público não estava com eles, pois penso que a sua vontade era de que o touro fosse recolhido aos curros. Como para nós este já estava toureado e teria que ser pegado, assim decidiu e bem o nosso cabo, mandar o touro para a “volta”.

Confesso que a certa altura, como a coisa estava a complicar-se, por pouca ajuda também dos campinos, pensei que se o touro tivesse ido para a pega de caras, seria a solução mais acertada…. Enganei-me… para mim, embora a pega não tenha sido tão vistosa como todos nós queríamos, foi bem conseguida e parece-me que é mais uma boa dupla que o João tem em mãos para pegar de cernelha. Aproveito para fazer-te um pedido João, como aficionado da pega de cernelha que sou. Aposta sempre que possas nesta modalidade de pega, pois além de fazermos o gosto ao público aficionado, damos razão a todos aqueles que sempre disseram que para nós esta pega não é de recurso, mas sim tão normal como a de caras.

Finalizámos o dia com um bom jantar, onde contámos com a presença de alguns antigos forcados (Luís Torres Pereira, José Carrilho, Ricardo Cabaço, etc…) e ainda apareceram mais tarde os “manos” Peças do Ap. da Moita.

Saliento, como foi feito nos discursos do jantar, o bom trabalho a nível de assistência médica, que o Dr. António Peças está a fazer nas corridas de touros.

Gostava para terminar, de dizer que fico orgulhoso quando vem ter comigo o dono do restaurante e me diz que já negou alguns jantares de grupos de forcados e que estava com medo do nosso, mas que ficou agradavelmente surpreendido pela forma como tudo correu.

Obrigado a todos os presentes e que Deus nos ajude no próximo dia 10.

Pelo Grupo de Santarém Venha Vinho!!!

Luís Assis

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