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Figueira da Foz: Corrida de Clássicos

No passado Sábado 22 de Agosto, o nosso Grupo teve o compromisso de pegar na Figueira da Foz, num agosto tão atípico como todo este ano ligado à pandemia de que todos queremos ver-nos livres, para que entre outras coisas, possamos voltar a ter as nossas grandes digressões dos meses de Julho e Agosto! A falta que sinto delas…!

O cartel foi composto pelos cavaleiros Filipe Gonçalves, João “Ginja” Ribeiro Telles e Marcos Bastinhas, que tinham como oponentes 6 toiros de José Luís Cochicho. Nas pegas, partilhámos cartaz com o GFA do Ribatejo.

Ligando o conteúdo ao título da crónica, o nosso cabo João Grave optou por levar esta corrida de modo a dar rodar os forcados mais experientes do nosso Grupo, e mesmo a calhar. Depois de uma corrida menos conseguida na capital, vimos uma autêntica corrida de clássicos, onde foi prazeroso ver a afinação destas ‘velhinhas’ máquinas.

Para o primeiro toiro, pesado com 500kg, foi para a cara o recém-chegado António Taurino, que provou ter estado bem perto do GFAS em pensamento durante a sua aventura pela Austrália. Citou bonito, marcando a sua presença com diálogo autoritário desde que pôs o barrete. Tentou mandar vir o adversário de largo quando o toiro deu sinais de estar pronto, mas sem resposta. Mantendo-se firme, deu dois passos valentes e daí carregou com muita decisão, teve uma vez mais uma reunião como mandam as leis e teve uma viagem sem complicações. Foi muito bem ajudado pelos demais atrás dele, fechando o Grupo uma pega com muita coesão.

Para o segundo da noite, 550kg e maior da corrida, o João escolheu Rúben Giovety, que transpareceu muita segurança e calma durante toda a pega. Este era um toiro com mais ‘’pata’’ e poder que o primeiro, com córnea larga apesar de cabano. A nossa pérola negra citou também muito bem marcando muito com o seu diálogo e de sorriso na boca, deu gosto de ver. Carregou bem, mandando no toiro, e correspondeu com uma boa reunião. Uma vez mais o Grupo esteve muito bem a ajudar e a fechar esta pega.

Por último, para o 5º da ordem com 545kg, o eleito foi Francisco Graciosa, um forcado que apesar de tenra idade há muitas épocas que está no nosso Grupo, sendo por isso ideal para fechar esta corrida com chave de ouro. Teve ele também um cite muito bonito e confiante. Fez tudo bem, citou, falou, mandou no toiro, carregou e teve das melhores reuniões que já o vi fazer. Para espanto de quem estava de fora, que todos pensámos que a pega estava consumada, o toiro tira a cara – e aqui faltou uma mãozinha nos cornos por parte dos ajudas a fechar – e o Francisco saiu da cara do toiro. Fica a sensação de desperdício de uma tentativa. À segunda, repetindo a perfeição do que foi a primeira tentativa, a pega foi consumada sem problemas.

As pegas foram brindadas ao antigo elemento Senhor Alberto Henrique Alves da Fonseca, ao público presente, e ao nosso querido amigo Mário, que tantas vezes nos acompanha em treinos, corridas e paródias.

O balanço da corrida é muito positivo, e só podemos olhar para a frente com confiança, pois é este o mote que queremos para os compromissos que aí vêm a 5 de Setembro na Nazaré e 26 de Setembro na nossa casa Celestino Graça, onde contamos com a presença de todos!

Após a corrida, houve um grande jantar em que apesar de (pouco) acima do Mondego, pudemos contar com a presença das Celestinas, que sempre animam e abrilhantam os nossos encontros!

Uma palavra de agradecimento a todos os que se disponibilizaram desde cedo neste dia a organizar toda a logística, para tornar este dia numa noite longa e duradoura, com alegria, amizade, cumplicidade e partilha.

Pelo Grupo de Forcados Amadores de Santarém,

Venha vinho!!!

Lisboa, 24 de Agosto 2020,

Duarte “Eva” Mendes

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