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No passado dia 8 de Junho, o nosso grupo pegou a habitual corrida dos 6 toiros na nossa querida Praça Celestino Graça que este ano comemora 60 anos.

O restante cartel era composto pelos cavaleiros Francisco Palha, Miguel Moura e João Salgueiro da Costa e pelas ganadarias Veiga Teixeira e Dr. António Silva. Corrida séria e de responsabilidade para abrir a tão nossa Feira Nacional da Agricultura!

Antes de mais, quero agradecer ao Kiko o convite que me fez para estar com o Grupo na trincheira. Ali vive-se tudo com muito mais intensidade e desta vez não foi diferente. Trouxe-me à memória sensações fortes que ali vivi na nossa Celestino Graça. Foi com agrado que pude constatar “in loco” a malta cheia de moral, a chegar-se à frente e com muita disponibilidade. São estas as atitudes que marcam e tornam tudo mais fácil ao Cabo!

Para o primeiro toiro, o nosso cabo deu o exemplo e chamou a si a responsabilidade de abrir a nossa feira. Começou cá de trás, e compreendeu os sinais do toiro para o carregar, recuando o suficiente para se fechar e não mais largar, ajudado superiormente pelo restante grupo comandado pelo jovem José Fialho, que este ano, fez só a sua vigésima feira. Parabéns Kiko, bela forma de começar a feira.

No segundo toiro, sério desde o início da lide, o Francisco Paulos foi o escolhido para a pega. Dá-me ideia que o Francisco poderia ter ganho um pouco mais de terreno ao toiro já que este veio solto e sem se fixar no forcado da cara. Infelizmente, no momento da reunião o Francisco foi pisado partindo a perna. Saltou o Joaquim Grave para a dobra onde pegou o toiro à sua segunda tentativa, numa pega bastante dura com uma viagem do toiro por baixo constantemente a derrotar, onde o grupo mais uma vez esteve irrepreensível.

O terceiro toiro foi pegado pelo Salvador Ribeiro de Almeida. Mandou na pega do princípio ao fim, fazendo com que parecesse fácil mais uma pega carregada de técnica. O restante grupo este mais uma vez impecável a ajudar.

A segunda parte da corrida começou com a pega do João Faro. Um toiro sério do início ao fim da lide, que não se adivinhava fácil, no entanto, o João, apesar de “pouco rodado” pareceu saber perfeitamente para o que ia. Apesar de o toiro vir solto, o João soube aguentar o suficiente, para reunir com grande decisão, numa pega onde uma vez mais o grupo esteve muito bem a ajudar.

O quinto toiro foi pegado pelo António Queiroz e Melo que citou o toiro cá de trás, no entanto, teve de ir buscá-lo lá mais acima, pois mostrou-se um pouco distraído durante o cite. Após carregar o toiro fez um estranho na reunião, no entanto, o António não desistiu e fechou-se que nem uma lapa, fazendo uma viagem dura, por baixo, com um grupo a conseguir fechar uma vez mais de uma forma compacta.

Com a responsabilidade de fechar a corrida chegou-se à frente o Francisco Cabaço, e em boa hora o fez. O Francisco percebeu bem o toiro e mandou-o vir quando e como quis. A forma como carregou o toiro, como aguentou, e como reuniu, foi a forma perfeita de fechar a primeira corrida. Nota mais uma vez para a forma como o grupo ajudou este toiro. Dá gosto ver a forma como o grupo ajuda.

No final da corrida, o público reconheceu valor e mérito, e o grupo foi justamente chamado à praça. Foi uma tarde limpa, coesa e de boas pegas. São actuações destas que trazem gente às Praças e que nos enchem de orgulho a todos os que tivemos a felicidade de nos fardar pelo Grupo de Santarém.

Fica a sensação de que o grupo precisa de mais corridas de 6 toiros, pois ficaram muitos forcados de cara por pegar e muita malta nova por fardar. Não será seguramente uma temporada com tantas corridas quanto todos queríamos, mas tenho a certeza que o GFAS vai continuar a marcar a diferença, com muito compromisso em todas as praças em que esteja e acima de tudo com muita dignidade.

Não quero deixar de fazer menção ao espetacular ambiente que se viveu na praça após a corrida. Tive ocasião de rever muitos amigos que actualmente infelizmente vejo com pouca frequência. Estava um clima de festa, toda a gente muito animada seguramente ainda com as emoções da corrida e da grande actuação do Nosso GFAS ainda bem frescos e à flor da pele!

Obrigado uma vez mais ao Sector 9 por mostrarem que é possível (e bem!) fazer com que ano após ano, Santarém continue a ser exemplo e prova de que a nossa festa precisa de mais Sectores 9, muitas vezes de forma desinteressada sob o ponto de vista de retorno financeiro, no entanto, contribuir para um bem maior para que a nossa festa continue Viva!

João Brito